Marcelo diz que portugueses compreenderam a sua candidatura
Candidato admite ter incomodado analistas de campanhas eleitorais.
O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa admitiu esta quinta-feira que tenha incomodado "as análises clássicas" de campanhas eleitorais, mas considerou que os portugueses compreenderam a sua "candidatura de afetos".
Em jeito de balanço, numa sessão hoje à noite no Teatro do Campo Alegre, na cidade do Porto, Marcelo Rebelo de Sousa disse que, desde o início, foi ouvindo muitas "incompreensões" relativamente à forma como estava a fazer a sua campanha.
"Eu ia dizendo: eles hão de compreender, se não compreenderem problema deles'. Deles os críticos teóricos, não os portugueses, que esses compreenderam desde a primeira hora", frisou, recebendo palmas dos presentes, tal como em muitos outros momentos do seu discurso de 50 minutos.
Orçamento deve equilibrar sacrifícios dos cidadãos e políticos
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou ainda que espera que o próximo Orçamento do Estado encontre uma solução de equilíbrio entre os sacrifícios dos políticos e os do cidadão comum.
Após reiterar a sua oposição à atribuição de subvenções aos antigos titulares de cargos políticos, o ex-comentador televisivo declarou: "Eu espero firmemente que o próximo Orçamento do Estado encontre uma solução que garanta que não há portugueses de primeira, de segunda e de terceira nesta matéria de que estamos a falar".
Marcelo Rebelo de Sousa, que falava numa sessão pública no Teatro do Campo Alegre, no Porto, adiantou que discorda do pedido de fiscalização de constitucionalidade sobre esta matéria feito por um conjunto de deputados do PSD e do PS - iniciativa da qual fez parte a candidata presidencial Maria de Belém Roseira.
"Eu acrescento que discordo francamente da iniciativa de deputados - e estamos aqui à vontade para falar - do PS e do PSD que recorreram ao Tribunal Constitucional, deixando na dúvida sobre se estavam a defender a Constituição ou estavam a defender uma causa própria", declarou.
Segundo o antigo presidente do PSD, "por muito legítimo que seja um cidadão defender os seus direitos, quando se trata de um titular de um cargo político, deve ter muita atenção àquilo que está a defender".
"O que se estava ali a defender era o fim de um sacrifício que era imposto, no fundo, a ex-políticos, num momento em que o cidadão comum estava sujeito a outros sacrifícios. Era disso que se tratava, não era sequer da subvenção vitalícia", considerou, recebendo palmas.
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