Congresso do PS pode realizar-se após presidenciais
António Costa discutiu com os deputados a estratégia a seguir.
A direção do PS inclina-se para a marcação do congresso nacional para depois das eleições presidenciais e a principal questão esta terça-feira em discussão relaciona-se com a estratégia dos socialistas face ao Governo, PCP e Bloco de Esquerda.
De acordo com fontes socialistas, estas duas questões foram objeto de discussão "detalhada" nas reuniões que o secretário-geral do PS, António Costa, teve ao longo desta tarde com os presidentes das federações e também com os futuros membros do Grupo Parlamentar do PS.
Presidentes de várias federações socialistas disseram à agência Lusa que a inclinação maioritária é para que o congresso do PS, antecedido de eleições diretas para o cargo de secretário-geral, se realize após as eleições presidenciais, ou seja, a partir de fevereiro de 2016.
Já na reunião com os deputados do PS, que antecedeu a da Comissão Política desta noite, vários deputados defenderam a tese de que os socialistas devem tentar dialogar com as forças à sua esquerda, PCP e Bloco de Esquerda, sobre uma eventual solução de Governo alternativa à da coligação PSD/CDS.
Esse entendimento, porém, é por quase todos encarado como sendo de difícil concretização, principalmente face às divergências entre o PS com o PCP e Bloco de Esquerda em matérias como a União Europeia e a NATO.
Outros deputados do PS entendem que o partido deve assumir-se como oposição "construtiva" e que compete à coligação PSD/CDS formar Governo.
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