Congresso do PS após presidenciais

O secretário-geral do PS, António Costa, enfrentou ontem o primeiro teste após as legislativas, com pedidos de demissão por parte de António Galamba, ex-dirigente da equipa de António José Seguro, e com o desafio para a realização de primárias, lançado por Álvaro Beleza – que não esclareceu se concorre a líder.

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A direção do PS levou para a comissão política um pedido de congresso, após as presidenciais, e liberdade de voto no partido para escolher o sucessor de Cavaco Silva, em 2016.

Ao que apurou o CM, do lado dos ‘seguristas’ a estratégia de ataque a Costa teve como objetivo garantir a viabilização do Orçamento e do programa de Governo da coligação.

Vigilante, Francisco Assis, eurodeputado, colocou-se para já fora da corrida à liderança, mas deixou um guião: "O País não compreenderia nem um PS subjugado à chantagem parlamentar da direita, nem um PS insensível às legítimas preocupações de estabilidade política."

Já João Soares, deputado do PS, transmitiu a Costa que o partido deve procurar acordos com o PCP e o BE, posição contrária à do histórico Vera Jardim.

Da direção de Costa, João Galamba foi sensível aos apelos à estabilidade no PS e escreveu no Facebook: "O novo quadro parlamentar exige grande sentido de responsabilidade." À entrada para o encontro, a maioria dos elementos da comissão não quis abrir, para já, uma guerra interna pela sucessão, mas prometia-se tensão nos discursos que decorriam à hora de fecho desta edição.

A liberdade de voto nas presidenciais não altera a estratégia da ex-presidente do PS, Maria de Belém, que é candidata.