Restaurante de José Avillez no Porto vandalizado
Ataque de grupo pró Palestina que contesta visita do chef a Israel.
O restaurante 'Cantinho do Avillez', do chef José Avillez, na cidade do Porto foi vandalizado na última sexta-feira. A fachada do restaurante foi atingida com tinta vermelha e foram escritas frases como 'Libertem a Palestina', 'Avillez colabora com a ocupação zionista' ou 'Entrada: uma dose de fósforo branco'. Tudo porque José Avillez foi a Israel participar num encontro internacional de chefs, em Telavive.
A notícia foi divulgada em Israel por vários meios de comunicação, que divulgaram imagens do ataque. O site do 'Jerusalem Post' conta que o ataque terá sido desencadeado por "ativistas do grupo BDS ( Boicote, Desinvestimento e Sanções)" grupo que luta pela "libertação da Palestina.
Contactado pelo CM na manhã deste domingo, José Avillez limitou-se a dizer que está a fazer a viagem de regresso a Portugal e que foi "informado de que aconteceu alguma coisa", mas não deu mais pormenores sobre o que se terá passado no restaurante da Invicta, na Baixa do Porto.
A CMTV esteve esta manhã no local. Funcionários do restaurante disseram que este ia abrir aos clientes, como habitualmente, apesar de ainda serem visíveis manchas de tinta vermelha nas paredes da fachada.
O Facebook do movimento BDS em Portugal tem, logo na abertura da página, uma mensagem com um link para um blog que faz um apelo a Avillez.
"Ativistas contra o regime israelita de ocupação e apartheid lançaram um apelo ao chef de cozinha português José Avillez, dono do restaurante Belcanto em Lisboa, para que este cancelasse a sua participação no evento de culinária em Telavive intitulado Round Tables", pode ler-se no blogue.
Em Israel, o caso motivou mesmo a reação de Robert Singer, CEO do Congresso Mundial Judaico: "O movimento BDS mostrou a sua verdadeira cara. Provaram não ser mais do que um grupo de vândalos. Este foi um ato de anti-semitismo. Atacar um chefe em Portugal só porque ele participou num festival em Telavive é desprezível. Estes auto proclamados ativistas dos direitos humanos são, na verdade, o contrário: espalham o ódio, não os direitos humanos".
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