SANTANA LOPES INDIGITADO

O Presidente da República, Jorge Sampaio, indigitou esta segunda-feira o presidente do Partido Social Democrata, Pedro Santana Lopes, para o cargo de primeiro-ministro de Portugal. À saída da reunião no Palácio de Belém, às 16h35, o líder indigitado declarou que só agora irá desenvolver contactos para a formação do novo governo.

12 de julho de 2004 às 16:55
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Era uma indigitação esperada. Na passada sexta-feira, Jorge Sampaio concluiu duas semanas de deliberação, anunciando ao País que decidiu dar à maioria parlamentar (PSD / CDS-PP) a oportunidade de formar novo governo e que, nesse sentido, iria convidar o líder do partido mais votado nas últimas legislativas (PSD) a dirigi-lo. O anúncio provocou a demissão imediata do líder do PS, Eduardo ferro Rodrigues, que defendia a convocação de eleições antecipadas como forma de resolver o vazio deixado pela demissão de Durão Barroso do cargo de primeiro-ministro, para assumir a presidência da União Europeia.

Ontem, o Conselho Nacional do PSD reuniu e decidiu nomear como candidato a primeiro-ministro o presidente do partido. Também esta era uma decisão mais que esperada. À noite, Pedro Santana Lopes deu uma entrevista à SIC, durante a qual omitiu cuidadosamente qualquer referência a nomes que irá convidar para pastas ministeriais, adiantando apenas que tem a intenção de descentralizar os departamentos do seu governo.

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Esta tarde, Pedro Santana Lopes foi ao Palácio de Belém apresentar-se como candidato a primeiro-ministro e debater com o Presidente da República os pontos principais do seu programa de governo, que mais não são que uma continuidade linear o programa seguido pelo governo cessante. Não havendo novidades no programa, a atenção recai agora sobre os ministros que Santana Lopes irá escolher. Muito se tem falado sobre isso nos últimos dias, mas Santana Lopes nada revelou.

Á saída da audiência com o Presidente da República, às 16h35, o já primeiro-ministro indigitado fez uma curta declaração aos jornalistas presentes, apenas para dizer que vai agora proceder às diligências necessárias para a formação do novo governo. E garantiu: “Só agora começarei as conversas e nenhuma antes houve com essa finalidade”. Depois de proferir estas palavras abandonou o local, sem responder a qualquer pergunta dos jornalistas.

A audiência com o Presidente da República durou cerca de uma hora. Pedro Santana Lopes fez-se acompanhar nesta reunião por quatro dirigentes do PSD: os vice-presidentes Nuno Morais Sarmento e José Matos Correia, o secretário-geral Miguel Relvas e o presidente da Mesa do Congresso Dias Loureiro.

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