Trump já construiu um muro… e mandou a conta aos vizinhos

Residentes de Balmedie, na Escócia, revoltados com presidente eleito dos EUA.

25 de novembro de 2016 às 23:02
25-11-2016_23_01_36 tr.jpg Foto: EPA
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Ainda antes de passar das promessas às ações, Donald Trump, o presidente eleito dos Estados Unidos da América, já construiu um muro. Não foi no México mas, neste caso, também enviou a conta aos vizinhos, exigindo o pagamento pelas obras.

O caso, contado pelo New York Times, ocorreu na localidade de Balmedie, na costa leste da Escócia. O magnata norte-americano construiu um campo de golfe e um boutique hotel (estava planeado um resort de luxo  que nunca se materializou), e isolou o espaço construindo uma vedação e plantando árvores altas, que bloqueia a vista para o mar aos moradores.

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David e Moira Milne, vizinhos do campo de golfe de Trump, contam que já tinham sido ameaçados pelos advogados do magnata, que reclamava que parte da garagem destes estava construída numa parte do terreno que lhe pertencia. O casal chegou um dia a casa e tinha trabalhadores no seu jardim a construir a vedação e a plantar duas fileiras de árvores.

A água e a luz foram cortadas durante dois dias e, logo depois, receberam no correio uma conta de mais de 3300 euros (3500 dólares) dos custos das obras no local, que prontamente foi para o lixo.

O mesmo se passou com outros residentes da localidade que se veem agora rodeados pela vedação. Após a construção do espaço, levantam agora bandeiras mexicanas e de apoio a Hillary Clinton. Trump terá acusado publicamente um dos vizinhos de "viver como um porco" numa "favela", depois deste ter recusado vender a propriedade.

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Trump prometeu construir "o melhor campo de golfe do mundo" mas o investimento de 1,25 mil milhões de dólares nunca se concretizou, ficando-se pelos 50 milhões. Foram prometidos seis mil empregos, mas só se criaram 95. Um hotel de luxo com 450 quartos e oito andares ficou reduzido a um boutique hotel com 16 quartos e os dois campos de golfe da propriedade são, na realidade, apenas um.

"Se a América quer saber o que se avizinha, devem estudar bem o que aconteceu aqui. É um prenúncio", avisa Martin Ford, representante do Governo local de Balmedie.

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