Um quarto dos agentes da PSP no Algarve reforma-se nos próximos cinco anos 

Mais de 200 polícias da PSP no Algarve vão reformar-se até 2030, o que representa cerca de 25 por cento do total dos efetivos do Comando Distrital de Faro, disse, esta quarta-feira, à Lusa fonte sindical.

"O efetivo policial do Comando do Algarve conta atualmente com cerca de 850 elementos, mas enfrenta um quadro reduzido e envelhecido, com uma média de idades superior a 45 anos", disse à Lusa José Rosado, dirigente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP).

A aposentação de 200 polícias que no Algarve vão atingir o limite de idade para a reforma nos próximos cinco anos foi anunciada na terça-feira, em comunicado, pelo Comando Distrital da PSP.

Segundo o dirigente sindical, o total de agentes que atingem a idade limite da reforma obrigatória até 2030, representa cerca de 25% dos efetivos na região, o que "irá agravar a falta de elementos numa região" com forte pressão turística.

"O distrito de Faro tem atualmente um défice de cerca de 100 agentes, com as saídas a situação agrava-se", alertou.

A lei prevê que os polícias se aposentem obrigatoriamente aos 60 anos, podendo optar pela pré-reforma a partir dos 55 anos e 36 anos de serviço, um regime que permite a cessação ou redução do serviço antes da idade legal de reforma mediante autorização governamental.

O Comando de Faro da PSP considera o recrutamento nacional que está a decorrer "essencial e uma oportunidade" para repor parte do efetivo na região.

O concurso de recrutamento para a admissão ao Curso de Formação de Agentes (CFA), destinado ao ingresso na carreira de agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) decorre até ao dia 23 de dezembro.

O novo concurso de recrutamento "surge como uma oportunidade para equilibrar" o efetivo policial, numa região com forte pressão turística e responsabilidades acrescidas, como a segurança no aeroporto internacional Gago Coutinho, disse à Lusa fonte do Comando de Faro.

Segundo a fonte, o procedimento permitirá colmatar parte das saídas de agentes que se aproximam da idade obrigatória da reforma e "uma oportunidade relevante para quem pretenda fixar-se no Algarve, integrando uma carreira de serviço público exigente, motivadora e com fortes perspetivas de valorização".