A edição de hoje
Processo é julgado dia 2 de dezembro, na Marinha Grande, e tem ainda como arguida uma outra mulher e o filho dela.
A advogada acusada de um crime de burla qualificada a um emigrante, nega a prática de qualquer crime e acredita que vai ser absolvida, no julgamento que começa dia 2 de dezembro, no Tribunal da Marinha Grande, e que tem ainda como arguidos uma outra mulher e o filho dela.
Segundo a Acusação do Ministério Público, os arguidos sabiam da "abastada situação económica" do emigrante e "gizaram um plano" para o fazerem "cair em erro" e entregar-lhes "elevadas quantias de dinheiro" para a compra de um lar em Palmela, que não existe.
"Não sou burlona, não fiquei com o dinheiro", disse a arguida ao CM, alegando que os 220 mil euros que o emigrante alega ter pago foram entregues à outra arguida. Diz ainda que o emigrante era seu cliente e por isso lhe cobrou honorários pelos serviços que executou. "Estou inocente, apenas fiz o meu trabalho", defende.
A advogada contesta a acusação, diz que nunca recebeu qualquer valor e que apenas aceitou que fossem "movimentados nas suas contas bancárias montantes destinados ao cumprimento dos acordos" entre o emigrante a a outra arguida "que não tinha conta bancária porque fora declarada insolvente".
Quanto aos valores cobrados como honorários, que também estão na acusação, diz que se referem a "atos de natureza profissional" que executou a pedido do emigrante, alegando não compreender que "esse pagamento seja configurado com relevância criminal".
O emigrante, José Vaz Fernandes, reclama o pagamento solidário pelos três arguidos de uma indemnização global de 232 mil euros.
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