Doze dias após os ataques terroristas.
O aeroporto de Zaventem, um dos cenários dos atentados terroristas de 22 de março passado, reabriu este domingo, ainda que de forma simbólica, com apenas três partidas, a primeira das quais para Faro, e sob fortes medidas de segurança.
Doze dias após duas explosões provocadas por bombistas suicidas no terminal de partidas que fizeram 16 mortos (tantas quantas as vítimas mortais na estação de metro de Maalbeek) e dezenas de feridos, o aeroporto internacional de Bruxelas reabriu hoje portas, mas de forma muito condicionada, sendo apenas permitida a entrada a quem exibisse o cartão de embarque para um dos três voos que descolam hoje de Zaventem, rumo a Faro, Atenas e Turim, por esta ordem.
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Com o acesso ao aeroporto a fazer-se unicamente de automóvel e táxi (os comboios e os autocarros que normalmente asseguram o transporte de passageiros para o aeroporto ainda não estão autorizados a circular), mesmo os muitos jornalistas da imprensa internacional que procuravam cobrir a reabertura parcial de Zaventem eram hoje de manhã forçados a ficar a cerca de um quilómetro do terminal provisório de partidas.
Ao terminal, apenas podiam aceder passageiros, tripulações e pessoal do aeroporto, além de alguns jornalistas "selecionados" pela Brussels Airport, na sua maioria de órgãos de informação belgas.
No trajeto desde o primeiro controlo até ao terminal provisório de partidas entretanto instalado, alguns veículos eram mandados parar aleatoriamente pelos agentes da polícia federal e militares para inspeções mais aprofundadas.
"A vossa liberdade termina onde começa a segurança", dizia um militar aos muitos jornalistas presentes -- pelo menos tantos quantos os passageiros do primeiro voo, rumo a Faro --, encaminhados para um relvado ao lado da estrada que conduz ao aeroporto, e com ordens expressas para não se aproximarem dos veículos que iam chegando a "conta-gotas" ao aeroporto, nem tão pouco filmarem o aparatoso dispositivo de segurança entretanto montado.
Nos próximos dias, o número de voos com partida e chegada a Zaventem irá aumentar de forma progressiva e será alargado a outras companhias aéreas que não apenas a Brussels Airlines, e destinos para fora da Europa, estando previstos para segunda-feira 16 voos europeus (oito partidas e oito chegadas), algumas ligações a África e um voo de e para Nova Iorque, Estados Unidos.
A reabertura de hoje, como admitiram responsáveis do Governo federal e da administração do aeroporto internacional de Bruxelas, é sobretudo "simbólica" e visa fazer passar a mensagem de um regresso à normalidade, que no entanto tardará a ser restabelecida: as autoridades estimam que o terminal de partidas atingido por duas explosões a 22 de março demorará entre nove meses e um ano a ser reaberto, e o dispositivo de segurança será reforçado.
Os atentados perpetrados no aeroporto de Zaventem e na estação de metro de Maalbeek a 22 de março, reivindicados pelo autoproclamado Estado Islâmico, fizeram 32 mortos (além de três bombistas suicidas) e centenas de feridos, tendo até hoje forçado o desvio de todos os voos com partida ou chegada a Bruxelas para aeroportos de cidades vizinhas, como Liège, Charleroi e Antuérpia (toda na Bélgica) ou Lille (França).
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