Europa "precisa de um orçamento à medida da sua ambição", diz primeiro-ministro.
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O primeiro-ministro vincou esta quarta-feira o "não" aos cortes na Política Agrícola Comum (PAC) e nos fundos de coesão, admitiu que Portugal possa estar entre os penalizados e advertiu que a atitude de Bruxelas favorece os populismos.
António Costa falava no debate quinzenal, na Assembleia da República, em resposta a uma intervenção antes feita pelo ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais Fernando Rocha Andrade, que se pronunciou de forma crítica sobre a proposta da Comissão Europeia relativa ao quadro financeiro plurianual.
Embora sem conhecer ainda os quadros nacionais do orçamento plurianual proposto por Bruxelas, António Costa reiterou a sua rejeição de um corte de cinco por cento na PAC e de 10 por cento na política de coesão.
"Seja qual for a situação - e há quem tenha suspeitas de que os cortes relativamente a Portugal seriam superiores à média -, consideramos esta proposta de Bruxelas um mau ponto de partida que não poderemos aceitar. Partimos com uma posição construtiva, mas dizemos não aos cortes na política de coesão e não aos cortes na política agrícola, sobretudo no segundo pilar da PAC", acentuou António Costa.
Em relação à proposta orçamental de Bruxelas, o primeiro-ministro disse aceitar o aumento de dotações destinadas à ciência e inovação, políticas migratórias ou combate ao terrorismo.
No entanto, de acordo com o líder do executivo, a Europa "precisa de um orçamento à medida da sua ambição".
"O que os europeus verdadeiramente não gostam é que a Europa lhes continue a prometer mais do que aquilo que efetivamente é capaz de cumprir. Isso é que desilude os europeus, isso é que gera o populismo e o antieuropeísmo. Se queremos uma Europa forte temos de ter um orçamento à medida da Europa forte que desejamos", sustentou.
Antes, António Costa ouviu o deputado e membro do Secretariado Nacional do PS Porfírio Silva defender a tese de que em 2016 foi o ano de viragem ao nível das políticas para a ciência.
"Claro que há muito caminho para andar e persistem grandes desafios. Por exemplo, para o país alcançar o objetivo global em investigação e desenvolvimento de 3% do Produto Interno Bruto até 2030, precisamos de aumentar a parte do investimento privado no investimento nacional até dois terços. Isso passa pelo prosseguimento das estratégias criadoras de interfaces entre diferentes tipos de instituições", defendeu Porfírio Silva.
Na resposta, o primeiro-ministro falou da política do Governo de combate à precariedade ao nível do emprego científico.
"Temos até ao final da legislatura o objetivo de criar cinco mil postos de trabalho em emprego científico", acrescentou António Costa.
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