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Desmantelado grupo envolvido em homicídio de padre lusodescendente na Venezuela

Suspeitos, cuja identidade não foi revelada, foram detidos durante uma operação Stop na cidade de Barinas.

23 de outubro de 2020 às 18:32

As autoridades anunciaram esta sexta-feira que foi desmantelado um grupo criminoso alegadamente envolvido no homicídio, quarta-feira, de um padre luso-venezuelano, no Estado venezuelano de Cojedes (270 quilómetros a sudoeste de Caracas).

O anúncio foi feito através do Twitter pela Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar) do vizinho Estado venezuelano de Barinas, 510 quilómetros a sudoeste de Caracas).

"A GNB Barinas desmantelou um grupo criminoso dedicado ao homicídio, responsável pelo assassinato do sacerdote José Manuel Ferreira", explica a GNB.

Entretanto, a imprensa local dá conta de que o destacamento 331 da GNB em Barinas, capturou dois homens, "alegadamente culpados de ter assassinado o sacerdote".

Os suspeitos, cuja identidade não foi revelada, teriam sido detidos quinta-feira durante uma operação Stop na cidade de Barinas.

Segundo a Diocese de San Carlos, centenas de pessoas acompanharam, quinta-feira, as cerimónias fúnebres do lusodescendente, que foi transferido da morgue para a Igreja de São João Batista, onde era sacerdote.

Com máscaras, os fiéis acompanharam em procissão, o caixão, "entre cantos de louvor, orações e muita nostalgia, para dizer o último adeus físico" ao sacerdote, refere a diocese numa nota publicada no Facebook, que acompanha com várias fotos.

Desconhecidos assassinaram a tiro, quarta-feira, o sacerdote, de cerca de 40 anos de idade, "nas proximidades da Igreja São João Baptista, em São Carlos", no Estado de Cojedes (270 quilómetros a sudoeste de Caracas), "depois de opor resistência" a um assalto.

Segundo a rádio local Class 98.7 FM Notícias, a vítima tinha participado "numa reunião com vários idosos" daquela localidade, na noite de terça-feira, e "ao sair da casa paroquial, foi intercetado pelos criminosos".

Na Venezuela, são frequentes as queixas sobre a insegurança no país, situação que afeta tanto cidadãos nacionais como estrangeiros.

Segundo a imprensa e as redes sociais, várias igrejas têm sido roubadas desde que em março último a Venezuela entrou em quarentena preventiva da covid-19, algumas delas por terem ficado mais expostas devido à ausência de fiéis e sacerdotes nas suas instalações.

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