Empresa de estudos de mercados que trabalhou para a campanha eleitoral de Trump ficou de posse de informação de 50 milhões de utilizadores desta rede social.
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O Facebook está sob críticas, depois de se saber que uma empresa de estudos de mercados que trabalhou para a campanha eleitoral de Donald Trump ficou de posse de informação pessoal de 50 milhões de utilizadores desta rede social.
No fecho da sessão bolsista em Nova Iorque, a Facebook apresentou uma desvalorização de 6,76%, na que é a sua queda mais forte num único dia desde março de 2014, arrastando outras empresas do setor, como Alphabet (-3,03%), Amazon (-1,70%), Netflix (-1,56%), Twitter (-1,60%) ou Snapchat (-3,47%).
A queda da Facebook ocorreu depois de os jornais New York Times e Guardian noticiarem que a empresa Cambridge Analytica foi capaz de aceder a informação pessoal de mais de 50 milhões de utilizadores da Facebook, sem a permissão destes.
Deputados norte-americanos e europeus criticaram a Facebook e querem saber o que aconteceu.
Investidores receiam que empresas como a Facebook e a Alphabet venham a enfrentar uma regulação mais apertada.
Daniel Ives, diretor de Estratégia e da investigação em tecnologia na GBH Insights, afirmou que a Facebook está em crise e que vai ter de trabalhar duro para tranquilizar utilizadores, investidores e governos.
"Este é um momento de definição para eles", disse, especulando que "ou não passa de um pico no radar e ajuda a plataforma a crescer ou pode tornar-se o início de algo maior".
Ao fim do dia de sexta-feira, a Facebook anunciou que tinha banido a Cambridge Analytica e respetiva holding da sua plataforma.
Adiantou que a Cambridge obteve informação de 270 mil pessoas que descarregaram uma alegada aplicação (app) descrita como um teste de personalidade. Um antigo funcionário da Cambridge revelou que esta foi capaz de obter informação de dezenas de milhões de outros utilizadores que eram amigos dos que descarregaram a app.
A Facebook soube da brecha na segurança há mais de dois anos, mas não a revelou. A empresa também informou recentemente que tinha recebido um relatório segundo o qual a Cambridge Analytica não apagou toda a informação que tinha obtido da Facebook, algo que a Facebook adiantou que a empresa garantiu que tinha feito.
A senadora Amy Klobuchar, eleita pelo Estado do Minnesota, afirmou que o presidente executivo da Facebook, Mark Zuckerberg, deve testemunhar no Senado e deputados do Reino Unido e da União Europeia também já defenderam a realização de inquéritos.
Na segunda-feira, a Facebook divulgou que tinha contratado uma auditoria à Cambridge.
Ives, da GBH, comentou que os investidores de Wall Street estão mais preocupados com esta situação do que com questões como a divulgação de notícias falsas pela plataforma Facebook.
Isto porque a Cambridge acedeu alegadamente a informação pessoal de um grande número de utilizadores e porque a reação sugere que a Facebook pode enfrentar um controlo mais apertado e perder utilizadores, anunciantes ou receitas de publicidade.
Ainda segundo este analista, a Facebook pode ter em risco cinco mil milhões de dólares (quatro mil milhões de euros) de receitas anuais, além de que pode criar problemas para outras empresas tecnológicas, como a Twitter ou a Youtube, da Alphabet.
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