Insurgentes armados atacaram a aldeia de Monjane na quinta-feira, relataram fontes locais que fugiram para o mato e para uma praia a poucos quilómetros, na zona de Maganja, onde se encontram refugiados.
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Meios aéreos das Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas estão a atacar desde sexta-feira a zona sul do distrito de Palma, em resposta a incursões de rebeldes, segundo a população e fontes ligadas às operações.
Insurgentes armados atacaram a aldeia de Monjane na quinta-feira, relataram fontes locais que fugiram para o mato e para uma praia a poucos quilómetros, na zona de Maganja, onde se encontram refugiados.
Estes deslocados dão conta de uma resposta com ataques aéreos das forças moçambicanas realizados na sexta-feira e durante o dia de hoje.
No meio do conflito, uma fonte deste grupo deu conta do rapto de dois pescadores por alegados insurgentes e de uma civil ferida por estilhaços durante a ação dos meios aéreos - tendo sido assistida por militares no terreno.
Fonte ligada às operações confirmou à Lusa a incursão rebelde junto a Monjane, acrescentando que os insurgentes tentaram realizar um ataque de grande envergadura nos últimos dias, mas que foi repelido pelas forças moçambicanas.
Segundo referiu, há informação mais rigorosa a ser recolhida sobre o que se passa no terreno e há novos soldados das forças moçambicanos com treino aperfeiçoado a caminho de Cabo Delgado para reforçar as operações.
Do outro lado, na linha da frente dos insurgentes, têm surgido mulheres armadas, acrescentou.
Segundo a mesma fonte, não há informação de deslocados feridos e há preocupação em respeitar os direitos humanos, ressalvando, no entanto, que aquela se trata de uma zona de conflito com riscos associados.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, fez alusão na sexta-feira aos combates em curso, durante o discurso comemorativo dos 46 anos da independência do país.
"Os bons jovens deste país estão em combate, neste momento. Celebram o aniversário da independência batendo duro o inimigo no terreno", referiu.
Grupos armados aterrorizam a província desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.800 mortes segundo o projeto de registo de conflitos ACLED e 732.000 deslocados de acordo com a ONU.
A violência levou a petrolífera TotalEnergies a suspender os trabalhos de preparação para a exploração de gás natural em Cabo Delgado, peça vital para o país aumentar as receitas e relançar a economia.
A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), reunida na quarta-feira em cimeira extraordinária, em Maputo, aprovou o mandato de uma "força conjunta em estado de alerta" para apoiar Moçambique no combate ao terrorismo em Cabo Delgado.
A organização não avançou detalhes sobre a força que será enviada ao país nem datas, reiterando apenas que a "missão" é apoiar as forças governamentais moçambicanas no combate à insurgência.
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