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CDS: 'Troika de esquerdas' não garante estabilidade

Telmo Correia acrescentou que acordo "traz despesismo".

10 de novembro de 2015 às 16:23

O vice-presidente da bancada parlamentar do CDS-PP Telmo Correia recusou esta terça-feira que a "'troika' de esquerdas" garanta estabilidade, temendo que um Governo do PS signifique um "regresso ao despesismo" e, consequentemente, um novo programa de ajustamento.

"O risco é óbvio: é que sem estabilidade não teremos confiança e por isso o risco que corremos com esta nova 'troika' de esquerdas é o regresso do despesismo, e com ele da outra troika. Esse é o risco e esse é o receio sério da maioria dos portugueses", afirmou Telmo Correia.

O vice-presidente da bancada parlamentar centrista, que falava no debate do programa do Governo PSD/CDS-PP, que antecede a provável queda do executivo, considerou ser "simbólico" que PS, PCP e Bloco de Esquerda não tenham apresentado um acordo parlamentar conjunto e em público.

"É de resto simbólico que ao longo deste mês de equipas técnicas e de reuniões secretas, tanto quanto sabemos [PS, PCP e Bloco de Esquerda] nunca se tenham sentado - ao mesmo tempo - à mesa. Estabilidade? Hoje mesmo a assinatura dos acordos é feita à vez e à porta fechada, não fossem os três aparecer juntos na fotografia. Isso diz muito da estabilidade", disse Telmo Correia, referindo-se aos acordos assinados pelo PS com o PCP e com o Bloco de Esquerda

Troika de esquerda

O deputado mostrou-se ainda indignado com o anunciado 'chumbo' do PS, PCP, Bloco de Esquerda e PEV ao Governo da coligação: "Aquilo que esta nova 'troika de esquerda' está a fazer, impedindo o Governo legítimo de quem ganhou as eleições de governar, não tem um outro nome: trata-se de uma indignidade".

Para o vice-presidente da bancada democrata-cristã, "substituir o Governo PSD/CDS-PP por um Governo de minoria liderado pelo principal derrotado nestas eleições é formalmente possível e não será inconstitucional, mas é politicamente ilegítimo".´

Além disso, Telmo Correia duvidou da estabilidade que resulta de uma "soma negativa que agora quer governar", não pelos "interesses do país", mas pela "sobrevivência política de um secretário-geral".

Dirigindo-se ao líder socialista, o deputado do CDS-PP afirmou que António Costa escolheu "o caminho do radicalismo, do aventureirismo, lançando a governação de um país numa solução que não só é ilegítima, como não garante estabilidade".

Telmo Correia disse ainda que a coligação PSD/CDS-PP tem "muito orgulho" do trabalho feito nos últimos anos, de "recuperar a credibilidade do país, controlar o défice, pôr a economia a crescer e o desemprego a diminuir", depois de, disse, o PS ter deixado o país em pré-bancarrota.

"Poderão derrubar-nos, mas uma coisa resulta muito clara: caímos de pé e quem cai de pé não morre", terminou.

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