A maioria PSD/CDS-PP chumbou esta quarta-feira, com a abstenção do PS, a audição parlamentar do secretário-geral dos "serviços secretos" e do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações sobre a alegada realização de escutas ilegais.
A inquirição do secretário-geral dos "serviços secretos", Júlio Pereira, e do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais tinha sido requerida pelo PCP, depois de o ex-diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa Jorge Silva Carvalho, arguido no processo judicial do denominado "caso das secretas", ter assumido a existência de práticas ilegais nestes serviços, nomeadamente acesso a informação sobre telecomunicações.
Durante a discussão esta manhã do requerimento, PSD, CDS-PP e PS foram unânimes na argumentação de que as afirmações de Silva Carvalho não correspondem a factos novos e ocorreram no âmbito de um processo judicial, fazendo parte da estratégia de defesa do ex-diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa. Por isso, defenderam, neste momento o parlamento não deve imiscuir-se no que está sob a "alçada da Justiça".