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Pelo menos 18 mortos em naufrágio na Turquia

Guarda Costeira conseguiu resgatar com vida 15 migrantes.

06 de março de 2016 às 14:44

Pelo menos 18 migrantes morreram este domingo num naufrágio de uma embarcação ao largo da costa da Turquia, indicou a agência noticiosa turca Anatólia.

A Guarda Costeira turca, acrescenta a agência, conseguiu resgatar com vida outros 15 migrantes que se encontravam a bordo da embarcação, que tinha como destino a Grécia, ao largo da estância balnear de Didim, no sudoeste da Turquia.

A tragédia aconteceu na véspera de uma importante cimeira entre a Turquia e a União Europeia que vai ter lugar em Bruxelas. A União Europeia deverá pressionar a Turquia no sentido de controlar a crise migratória que põe em risco a sua unidade.

O fluxo de migrantes entre a Turquia e a União Europeia "continua a ser demasiado elevado", disse, na quinta-feira, o presidente do Conselho europeu Donald Tusk, à saída de um encontro com o primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu, na capital turca, Ancara.

Turquia condiciona devolução de refugiados

A Turquia está disposta a aceitar a devolução dos migrantes chegados à Europa através do país sem direito a asilo, mas condiciona-a ao levantamento da obrigação de vistos aos turcos que queiram deslocar-se à União Europeia (UE).

A imposição foi anunciada este domingo pelo primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, que apresentará segunda-feira a proposta na cimeira com a UE, em Bruxelas. O encontro em Bruxelas destina-se a analisar a proposta dos "28", que prevê que a Turquia se comprometa a readmitir migrantes "económicos" que não estão a fugir de zonas em conflito.

Davutoglu já se comprometera no passado a aceitar de volta todos os emigrantes não sírios que chegaram à Grécia através da costa turca e, terça-feira passada, recebeu um contingente de 380 pessoas procedentes de países do norte de África.

No início da semana passada, o ministro para os Assuntos da União Europeia da Governo turco, Volkan Bozkir, referiu que o acordo de readmissão não inclui nem iraquianos nem sírios, que Ancara estima em cerca de 2,5 milhões. Bozkir, contudo, condicionou o acordo à liberalização dos vistos aos cidadãos turcos que queiram viajar para a Europa comunitária.

"A UE deveria eliminar os vistos em outubro ou novembro. Se o acordo de readmissão se aplica e o fim dos vistos não acontecer nessa altura, teremos o direito de anular o pacto", advertiu o ministro turco.

A questão dos vistos, bem como a do desbloqueamento das negociações de adesão à UE, são alguns dos itens que integram o acordo entre Bruxelas e Ancara, que prevê também a concessão de 3.000 milhões de euros à Turquia para garantir assistência aos refugiados.

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