Carta oficial de comenda do comandante da MINUSCA, o tenente-general Daniel Sidiki Traoré (Exército do Burkina Faso), distingue cerca de 180 militares.
Os cerca de 180 militares portugueses da tropa especial Comandos mereceram quinta-feira um louvor pela "coragem", "bravura", "excelente atitude" e "profissionalismo" em operações da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA).
A carta oficial de comenda do comandante da MINUSCA, o tenente-general Daniel Sidiki Traoré (Exército do Burkina Faso), distingue "louváveis atos de coragem e heroísmo" da "8ª Força de Reação Rápida portuguesa", cujo objetivo foi "assegurar um ambiente de paz e segurança, liberdade de movimentos e proteção dos civis na região de Bossembélé", divulgou hoje o Estado-Maior General das Forças Armadas portuguesas, em comunicado.
"Através da sua ação e inquebrantável dedicação pelo regresso da paz à RCA, honraram a MINUSCA, a missão e as Nações Unidas. O trabalho realizado deve dar grande satisfação e reconhecimento na esfera internacional à sua nação, Portugal. Pela sua excelente atitude e profissionalismo, este contingente é assim agraciado com o louvor do comandante da força", lê-se na missiva.
Traoré referia-se à situação de crise de segurança em Bossembélé e em Bagui, entre 18 de dezembro de 2020 e 23 de janeiro de 2021, quando voltaram os confrontos entre os grupos armados e as forças armadas nacionais da RCA, entre constantes rumores de golpe de Estado e ameaça de boicote às eleições.
"Em 17 de dezembro de 2021 a Coligação dos Patriotas para a Mudança (CPC) atacaram as forças armadas nacionais em Yaloke, forçando a sua retirada para Bossembélé, onde foram novamente alvo dos grupos armados. A MINUSCA lançou operações para restabelecer a segurança e manter a paz a sul de Bossembélé e retomar o controlo da via de comunicação MSR1", que liga a capital da RCA, Bangui, ao porto de Douala, já nos Camarões, descreveu o comandante da força da ONU que junta cerca de 11.000 militares de diversos países, incluindo Portugal.
Traoré sublinha na carta de louvor que, "graças à intervenção resoluta da 8ª Força de Reação Rápida portuguesa, as operações foram um sucesso". "Esta unidade mostrou coragem e bravura excecionais dadas as circunstâncias. Sem hesitarem em colocar as suas vidas em perigo, estes elementos da MINUSCA demonstraram um altíssimo nível de profissionalismo. Pondo as suas capacidades ao serviço da missão e demonstrando grande estofo físico e mental, confirmaram de forma brilhante a sua habilidade para responder às ameaças colocadas pelo adversário", elogiou.
O presidente da RCA, Faustin Archange Touadéra, foi declarado reeleito em 04 de janeiro após uma votação que foi contestada pela oposição e na qual apenas um em cada dois eleitores recenseados teve a oportunidade de votar por causa da insegurança fora de Bangui. Em 05 de fevereiro, o parlamento centro-africano aprovou uma prorrogação do estado de emergência por seis meses, garantido assim mais liberdade às autoridades de efetuarem detenções.
Mais de um mês depois da primeira volta e quando ainda não há data marcada para a segunda ronda, 118 assentos parlamentares continuam por preencher, depois de o Tribunal Constitucional centro-africano ter validado a eleição de 22 deputados no primeiro sufrágio. A RCA caiu no caos e na violência em 2013, após o derrube do então presidente, François Bozizé, por grupos armados juntos na Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias, agrupadas na anti-Balaka.
Desde então, o território centro-africano tem sido palco de confrontos comunitários entre estes grupos, que obrigaram quase um quarto dos 4,7 milhões de habitantes da RCA a abandonarem as suas casas. Portugal tem atualmente na RCA 243 militares, dos quais 188 integram a MINUSCA e 55 participam na missão de treino da União Europeia (EUTM), liderada pelo brigadeiro-general Neves de Abreu, até setembro de 2021.
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