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Míssil que atingiu avião na Ucrânia veio da Rússia

Investigadores dizem que míssil foi lançado de zona controlada por rebeldes pró-russos.

28 de setembro de 2016 às 12:31

Os responsáveis pela investigação internacional ao que terá causado a trágica queda do avião da Malaysia Airlines MH17, há dois anos, concluíram que o aparelho foi atingido por um míssil disparado de um território controlado pelos rebeldes pró-Rússia.

As conclusões foram apresentadas à comunidade internacional esta quarta-feira.

As famílias dos passageiros que seguiam no fatídico avião que caiu sobre a Ucrânia foram informadas da conclusão antes da conferência de imprensa dada esta manhã, na cidade holandesa de Nieuwegein.

O míssil terra-ar atingiu um avião da Malaysia Airlines que seguia de Amesterdão para Kuala Lumpur a 17 de julho de 2014, causando a morte às 298 pessoas que seguiam a bordo. A maioria eram cidadãos holandeses.

O Boeing 777 desintegrou-se ainda no ar e os destroços ficaram espalhados por diversos quilómetros.

Os investigadores também identificaram, no entretanto, cem potenciais suspeitos do ataque ao aparelho. As famílias foram, igualmente, informadas que o sistema de lançamento de mísseis utilizado neste crime foi transportado da Rússia para a Ucrânia, tendo feito o caminho de volta imediatamente depois de ter sido utilizado.

Antes mesmo de serem conhecidas as conclusões da investigação, o Kremlin já reagia, garantindo que a informação recolhida pelos seus radares mostrava claramente que o avião não tinha sido abatido pelas forças rebeldes.

"As informações são claras. Não há rocket. E se houvesse rocket, tinha sido disparado de outro lado", explicou Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin.

No momento em que o avião foi abatido, as forças separatistas pró-Rússia batiam-se com as forças governamentais ucranianas na zona em que tudo aconteceu. O incidente teve, de resto, um papel fundamental na imposição de sanções à Rússia por parte da União Europeia e dos EUA.

Mais detalhes sobre a investigação deverão ser conhecidos brevemente, garante o grupo de promotores de justiça da Holanda, Austrália, Bélgica, Malásia e Ucrânia, responsáveis pelo caso.

Apesar de já haver causa e suspeitos, ainda não há certezas quanto à possível criminalização do caso pois não há um acordo internacional formalizado que decida onde deverá ser julgado este crime.

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