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Morreu a orca que matou a treinadora num parque aquático

Acidente mortal aconteceu em 2010 nos Estados Unidos.

06 de janeiro de 2017 às 17:05

A orca que em 2010 matou uma treinadora, em Orlando, Estados Unidos, e inspirou um documentário que levou a opinião pública a manifestar-se contra a manutenção em cativeiro destas baleias, morreu, anunciou hoje o parque aquático SeaWorld.

Os responsáveis do parque anunciaram hoje a morte do animal, mas não indicaram a causa da morte. Um comunicado do parque aquático dá nota de que Tilikum sofria vários problemas de saúde, incluindo uma infeção pulmonar persistente de origem bacteriana. A orca macho tinha uma idade estimada de 36 anos. Será feita uma autópsia, de acordo com o comunicado, noticiado pela agência Associated Press.

"Tilikum tinha e continua a ter um lugar especial nos corações da família SeaWorld, assim como nos de milhões de pessoas que inspirou em todo o mundo", afirmou o presidente executivo do SeaWorld, Joel Manby. Os meus sentimentos para a equipa que tratou dele como se fosse família".

Tilikum nasceu e foi capturado nas águas da Islândia e levado para um parque aquático no Canadá, o Sealand, onde em 1992, ele e outras duas orcas fêmeas foram responsáveis pela morte de uma treinadora em part-time, que escorregou e caiu ao tanque, tendo sido depois submergida pelos animais.

O animal foi levado para o parque da SeaWorld na Florida pouco depois e o Sealand acabaria por fechar portas mais tarde.

Em 1999, um homem despido, que iludiu a segurança e entrou no SeaWorld durante a noite, foi encontrado morto escondido debaixo da baleia num tanque de alimentação no complexo do parque aquático.

Mas foi a morte da treinadora do SeaWorld, Dawn Brancheau, pelo Tilikum em 2010 que provocou a onda de defesa da abolição do cativeiro para estes animais entre a opinião pública norte-americana e mundial, e ditou o futuro das baleias assassinas no SeaWorld.

Brancheau estava a interagir com o Tilikum perante a audiência no SeaWorld em Orlando quando a orca abocanhou um braço da treinadora na plataforma e a afogou no tanque. O relatório da autópsia mostrou que Brancheau foi afogada, mas sofreu também fraturas múltiplas.

Os responsáveis do SeaWorld Entertainment anunciaram em março de 2016 que iriam extinguir o programa de criação de orcas, uma decisão divulgada seis anos depois da morte de Brancheau e três após a estreia do documentário "Blackfish", sobre a vida de Tilikum e da morte de Brancheau.

O argumento central do documentário assentava na constatação de que as orcas, quando em cativeiro, se tornam muito mais agressivas em relação aos seres humanos, bem como entre elas.

A exibição do documentário no Festival de Cinema independente de Sundance, e depois pela estação de televisão CNN, levou muitos treinadores de animais a cancelarem as suas exibições nos parques aquáticos pertencentes ao universo SeaWorld, e trouxe para as portas deste tipo de locais espalhados pelos Estados Unidos os protestos dos ativistas dos direitos dos animais.

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