Português de 69 anos morreu durante um assalto no leste de Joanesburgo.
O conselheiro da diáspora madeirense na África do Sul disse esta terça-feira à Lusa que a morte violenta de um português de 69 anos durante um assalto no leste de Joanesburgo "chocou" os portugueses residentes no país, que se sentem "um alvo".
"É um caso lamentável, numa altura em que a espiral do crime continua a subir no país apear dos níveis inaceitáveis", salientou José Luís da Silva à Lusa.
A comunidade portuguesa, referiu, "está chocada" e "preocupada" porque as pessoas estão "constantemente a ser ameaçadas e sentem que são um alvo dos criminosos, vivem com medo, com receios muito grandes", afirmou à Lusa o conselheiro madeirense.
Nesse sentido, o conselheiro sublinhou que a situação do crime no país "é muito preocupante", lamentando: "Não há maneira de ser contido, inclusivamente, chegam-nos notícias de que há elementos da polícia que estão envolvidos em atividades criminosas".
"É preocupante que a polícia esteja envolvida", adiantou.
Segundo o conselheiro da diáspora madeirense na África do Sul, o comerciante português Victor Fernandes de Oliveira, 69 anos, natural da região norte de Portugal, foi morto durante um assalto à sua residência na cidade de Kempton Park, leste de Joanesburgo, enquanto a mulher ficou em estado grave.
"Estive no hospital, falei com o filho que esteve ao pé da mãe, e disse que a senhora está muito mal, nos cuidados intensivos, e explicou que o pai foi morto com golpes de martelo na cabeça", disse José Luís da Silva à Lusa.
O funeral do comerciante português realizou-se na segunda-feira em Gauteng, disse esta terça-feira fonte familiar à Lusa, acrescentando que a polícia sul-africana está a investigar o crime, mas escusou-se a avançar mais detalhes sobre as circunstâncias do alegado homicídio a pedido das autoridades sul-africanas.
O Fórum Português, organização não-governamental luso-sul-africana, considerou o crime "brutal" e "impiedoso".
"Denunciamos o ataque brutal contra Susana de Oliveira e o assassinato impiedoso do seu marido Victor de Oliveira, em Kempton Park", referiu o Fórum Português numa mensagem em inglês enviada na segunda-feira por SMS à comunidade portuguesa e lusodescendente no país.
De acordo com a ONG, contactada pela Lusa, o crime terá ocorrido na manhã do passado domingo dia 7 de novembro.
Pelo menos seis portugueses foram assassinados desde janeiro deste ano na África do Sul, segundo o Fórum Português.
O ministro que tutela a Polícia da África do Sul (SAPS, na sigla em inglês) Bheki Cele revelou na passada sexta-feira que o país registou um aumento de 20,7% em casos de homicídio.
"Entre julho e o final de setembro de 2021, 6.163 pessoas foram mortas na África do Sul", salientou.
Segundo o governante, os dados do crime reportados pela SAPS "demonstram mais uma vez que a África do Sul é um país muito violento".
Pelo menos dois mil casos de sequestro foram denunciados à polícia na África do Sul em apenas três meses, anunciou o ministro da Polícia sul-africana na apresentação das estatísticas do crime trimestrais no país.
A ministra da Segurança Comunitária da província de Gauteng, Faith Mazibuko, revelou esta semana na Assembleia Provincial que mais de 400 agentes da polícia têm processos criminais, incluindo casos de agressão, tentativa de homicídio, assalto a residência e empresas, corrupção e violência doméstica, segundo a imprensa sul-africana.
Estima-se que vivam cerca de 450 mil portugueses e lusodescendentes na África do Sul, dos quais pelo menos 200 mil em Joanesburgo e Gauteng, onde se situa também a capital do país, Pretória.
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