Secretário-geral das Nações Unidas diz que "falta ambição suficiente" para concretizar metas internacionais.
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O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alertou esta segunda-feira que o mundo "corre o risco de perder a corrida" face à aceleração das alterações climáticas e vincou a "falta de ambição suficiente" para concretizar as metas internacionais.
"As alterações climáticas são a maior ameaça coletiva e do planeta e continuam a andar mais depressa do que nós próprios", disse António Guterres, no discurso de aceitação do título de Doutor Honoris Causa proposto pelo Instituto Superior Técnico (IST), que decorreu hoje na Aula Magna da Universidade de Lisboa.
António Guterres advertiu que a humanidade corre "o risco de perder esta corrida" e frisou a necessidade de um compromisso coletivo e "de uma ambição acrescida" para a concretização dos acordos internacionais no domínio das alterações climáticas.
Lembrando que alguns decisores internacionais ainda não acreditam nos efeitos das alterações climáticas, Guterres salientou que ainda existe "falta ambição suficiente para aplicar os Acordos de Paris e para assumir que estes compromissos não são suficientes".
O secretário-geral da ONU lembrou algumas consequências do aquecimento global, mencionando, entre outros, o cenário de seca vivido em Portugal, e acentuou que há que "fazer tudo para inverter esta aceleração".
Guterres foi distinguido com o grau de Doutor Honoris Causa numa cerimónia na Aula Magna, com a presença de diversas individualidades, nomeadamente o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, vários ministros, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa e membros do corpo diplomático acreditado em Portugal.
O anúncio da atribuição do título honorífico ao ex-primeiro-ministro português foi feito em janeiro último pelo Instituto Superior Técnico (IST), onde o aluno António Guterres "teve um percurso académico excecional" e se licenciou em engenharia eletrotécnica em 1971.
Guterres foi deputado durante 17 anos, tendo-se estreado na Assembleia da República em 1976, e foi primeiro-ministro de Portugal entre 1995 e 2002.
Mais tarde, em 2003, depois de ter deixado o cargo de primeiro-ministro, foi professor convidado do IST, antes de assumir funções durante dez anos, entre 2005 e 2015, como Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados.
Guterres tem "sincera esperança" em pacto internacional sobre migrações
O secretário-geral da ONU disse esta segunda-feira em Lisboa ter a "sincera esperança" de que quase todos os países adotem em 2018 um documento compacto para as migrações, algo que "dignifique a comunidade internacional" e reconheça os direitos dos migrantes.
"Tenho a sincera esperança de que seja possível aprovar um compacto, que seja um compacto que dignifique a comunidade internacional e que reconheça o papel positivo das migrações e que reafirme os direitos dos migrantes", afirmou António Guterres, numa conferência de imprensa, após a cerimónia de atribuição do título de Doutor Honoris Causa, quando questionado sobre o futuro pacto global para uma migração segura, regular e ordenada, que a ONU ambiciona formalizar ainda este ano.
O Global Compact for Migration (na versão em inglês), que deu os primeiros passos em setembro de 2016, sofreu um revés quando, em dezembro passado, o Presidente norte-americano, Donald Trump, decidiu retirar os Estados Unidos deste pacto da ONU, alegando que o acordo é "incompatível" com a política da atual administração norte-americana.
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