Principais líderes mundiais já expressaram o seu pesar pela morte do israelita.
Netanyahu expressa "profundo pesar" por morte de "filho pródigo" de Israel
"O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e a sua mulher, Saram, expressam o seu profundo pesar pessoal pelo desaparecimento do filho pródigo da nação, o ex-Presidente israelita Shimon Peres", lê-se num comunicado emitido pelo gabinete do primeiro-ministro.
No mesmo comunicado indica-se que Netanyahu tem previsto liderar uma reunião especial do seu gabinete de ministros, durante a qual pronunciará um discurso sobre o estadista, que morreu hoje aos 93 anos, no hospital, duas semanas depois de sofrer um acidente vascular cerebral.
Ban Ki-moon elogia "trabalho incansável" pela solução de dois Estados
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, elogiou hoje o "trabalho incansável" de Shimon Peres para chegar a um acordo de paz prevendo a coexistência de dois Estados, israelita e palestiniano.
"Trabalhou incansavelmente por uma solução de dois Estados que permitiria a Israel viver em segurança e harmonia com os palestinianos e a restante região", disse Ban sobre Peres, que morreu hoje aos 93 anos.
"Mesmo nas horas mais difíceis, ele permaneceu otimista quanto às perspetivas de reconciliação e paz", acrescentou num comunicado.
Ban concluiu manifestando a esperança de que a determinação de Shimon Peres guie todos aqueles que "trabalham para garantir a paz, a segurança e a dignidade de israelitas, palestinianos e todos os povos da região".
Marcelo evoca "paladino da Paz e da Concórdia"
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recordou hoje Shimon Peres como "um paladino da Paz e da Concórdia", lamentando a morte, aos 93 anos, do chefe de Estado israelita.
"Foi com enorme tristeza que recebi a notícia da morte de Shimon Peres, um paladino da Paz e da Concórdia, valores que sempre o orientaram nos vários cargos políticos que desempenhou no seu país, de que era aliás um dos pais fundadores, Prémio Nobel da Paz e defensor da coexistência pacífica dos dois Estados de Israel e da Palestina", escreveu Marcelo Rebelo de Sousa.
Numa nota publicada na página da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa lamentou "profundamente" o facto de já não ser possível receber Shimon Peres a 20 de outubro próximo como estava previsto.
O Presidente da República Portuguesa endereçou ainda à família de Peres e ao Estado de Israel as mais sentidas condolências.
Bill Clinton:
O antigo Presidente norte-americano Bill Clinton descreveu esta quarta-feira o ex-chefe de Estado israelita Shimon Peres, que morreu esta madrugada aos 93 anos, como "um génio de grande coração".
Clinton, que supervisionou a assinatura dos acordos de Oslo entre israelitas e palestinianos, homenageou o "fervoroso defensor da paz, da reconciliação e de um futuro em que todas as crianças de Abraão construirão um amanhã melhor".
"Nunca vou esquecer o quão feliz ele estava há 23 anos quando assinou os acordos de Oslo na Casa Branca, anunciando uma era mais esperançosa para as relações israelo-palestinianas", realçou Clinton, num comunicado.
George H.W.Bush fala da "inata humanidade" de Peres
George H. W. Bush, presidente dos EUA de 1989 a 1993, destacou em comunicado que Peres ajudou, numa ou outra vez, a guiar Israel por caminhos cheios de "desafios mortais", apesar de também recordar a sua dedicação "à nobre causa da paz".
"Foi com a sua inata humanidade, a sua decência que Shimon inspirou o mundo inteiro e ajudou a pavimentar um caminho rumo à paz suficientemente amplo para que futuras gerações caminhem juntas um dia", apontou Bush.
Barack Obama: "Inabalável força moral e persistente otimismo"
O Presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, homenageou o ex-presidente israelita Shimon Peres, que morreu hoje aos 93 anos, como um "amigo" que nunca desistiu do sonho de alcançar a paz.
"Existem poucas pessoas com as quais partilhamos este mundo que mudaram o curso da história humana (...). O meu amigo Shimon foi uma delas", disse Barack Obama, citado num comunicado da Casa Branca.
O Presidente dos Estados Unidos destacou ainda que o compromisso de Shimon Peres para com a segurança e procura pela paz de Israel estava "enraizado na sua inabalável força moral e persistente otimismo".
Vladimir Putin sublinha "coragem e patriotismo" de Shimon Peres
O Presidente russo, Vladimir Putin, distinguiu hoje numa mensagem de condolência a "coragem e o patriotismo" do antigo primeiro-ministro israelita, Shimon Peres, que morreu hoje, aos 93 anos.
"Tive o privilégio de falar com esta pessoa extraordinária muitas vezes. Admirei em todas as vezes a sua coragem e patriotismo, a sua sensatez e visão, a sua capacidade de apreender a essência dos assuntos mais difíceis", afirmou Putin na mensagem divulgada pelo Kremlin.
Hollande destaca um dos "mais fervorosos defensores da paz"
"Shimon Peres pertence agora à História, que foi a companheira da sua longa vida", escreveu Hollande, num comunicado.
"Com o desaparecimento de Shimon Peres, Israel perde um dos seus mais ilustres estadistas, a paz [perde] um dos seus mais fervorosos defensores e a França um amigo fiel", sublinhou Hollande, que se reuniu com o Nobel da Paz pela última vez a 25 de março.
Jemi Peres: "O meu pai amou Israel até ao último suspiro"
"Não teve outro interesse que não o de servir o povo de Israel, tanto que acreditava e amou-o até ao último suspiro", disse Jemi Peres, ao ler um comunicado no hospital Shiva, da localidade de Tel Hashomer, perto de Telavive, onde hoje morreu o estadista.
O filho de Peres leu -- em hebreu e em inglês -- uma declaração em que realçou que o seu pai "fez parte da geração dos fundadores de Israel e serviu o Estado desde o dia da sua fundação até ao seu último dia" de vida.
Presidente alemão recorda "forte vontade" no compromisso pela paz
"Gostaria de vos manifestar, assim como ao povo israelita (...), as minhas profundas condolências", escreveu o Presidente alemão numa carta endereçada ao seu homólogo israelita, Reuven Rivlin.
"Shimon Peres marcou Israel como nenhum outro político. Serviu o seu país em diferentes funções -- com sólidos princípios como a segurança de Israel, e uma vontade forte de fazer avançar os processos de paz com os palestinianos", sublinhou.
Chefe da diplomacia da UE pede para se "honrar a sua memória"
A chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, disse hoje que a memória do ex-Presidente de Israel Shimon Peres pode ser honrada com um "compromisso diário com a reconciliação" e trabalhando na sua "solução de dois Estados".
"Só podemos honrar a sua memória através de compromisso diário com a reconciliação, preservando e continuando a sua visão de uma solução de dois Estados" para o conflito israelo-palestiniano, disse Mogherini, em comunicado.
A alta representante para a Política Externa da UE salientou ainda que Peres, que morreu hoje, aos 93 anos, "nunca perdeu a esperança na paz e nunca deixou de trabalhar para que esta esperança se tornasse realidade".
"Mesmo nos piores momentos, a sua sagacidade, a sua ironia, a sua procura obstinada do diálogo foram uma fonte de inspiração para muitos em todo o mundo, incluindo eu mesma", salientou ainda Mogherini.
PSD recorda "político e estadista extraordinário"
O PSD recordou o prémio Nobel da Paz Shimon Peres, que morreu hoje aos 93 anos, como "um político e estadista extraordinário", que se situava "apaixonadamente ao centro numa parte do mundo onde os extremismos são frequentes".
"Morreu Shimon Peres, aos 93 anos de idade. Discípulo de Ben Gurion e o último da geração dos fundadores do Estado do Israel, Shimon Peres foi um político e estadista extraordinário. Acima de tudo, foi um homem sábio", refere o PSD numa nota enviada às redações.
Segundo os sociais-democratas, o pensamento e a ação do ex-presidente de Israel "foram moldados por conceitos sólidos de justiça e moderação".
"Situava-se apaixonadamente ao centro numa parte do mundo onde os extremismos são frequentes", afirma.
O PSD recorda o longo currículo de Shimon Peres: duas vezes primeiro-ministro, ministro da Defesa, dos Negócios Estrangeiros, das Finanças, dos Transportes.
"Shimon Peres foi um patriota à procura da paz. Participou ativamente nos Tratados de Oslo, o primeiro grande passo para a busca da paz com os palestinianos", recorda.
Para os sociais-democratas, a biografia do ex-presidente de Israel "ainda está por fazer e mais proezas políticas e diplomáticas estão certamente por revelar".
"A sua longevidade deixou muitas histórias em Israel. Conta-se que numa discussão com os seus adversários políticos, Shimon Peres terá dito: 'Não se preocupem, não me vou esquecer de morrer'. E nós, Partido Social Democrata de Portugal, nunca esqueceremos Shimon Peres. Obrigada", conclui o mesmo comunicado.
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