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Passos Coelho: Não faz sentido apresentar agora o OE

PM esteve em Bruxelas na reunião do Conselho Europeu.

16 de outubro de 2015 às 00:22

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu hoje em Bruxelas que "não faria sentido" o Governo cessante apresentar à Comissão Europeia um projeto de Orçamento, garantindo que Portugal não deixará de cumprir os "requisitos substanciais".

Numa conferência de imprensa no final de uma cimeira de líderes da UE, celebrada na quinta-feira em Bruxelas, precisamente no dia que assinala a data-limite para os Estados-membros da zona euro apresentarem ao executivo comunitário os seus projetos orçamentais para o próximo ano (15 de outubro), Passos Coelho garantiu que a Comissão terá tempo de apreciar o projeto de Orçamento que vier a ser elaborado pelo novo governo e isso é "o que interessa".

"Comunicámos à Comissão Europeia que, dadas as circunstâncias particulares em que estamos, que coincidem com o período de transição em que um novo Governo será formado muito em breve, não faria sentido que o Governo que está de saída apresentasse o projeto de um orçamento que não vai fazer", referiu.

Segundo Passos Coelho, "o que é importante do ponto de vista do cumprimento substancial das regras europeias é que a Comissão Europeia tenha acesso com alguma antecedência razoável - e o calendário fixa um mês de antecedência - ao projeto de Orçamento antes de ele ser aprovado nos órgãos próprios, que neste caso é a Assembleia da República, para poder pronunciar-se no termos das regras da união económica e monetária".

"E isso Portugal não deixará de fazer. O que interessa é a substância das coisas, não é a forma, e na substância Portugal não deixará de cumprir esse requisito", vincou, mas "num calendário adequado à formação e posse de um novo Governo".

Questionado sobre eventuais incertezas que um adiamento da apresentação do plano orçamental português para 2016 pode provocar, Passos Coelho defendeu que "não há nenhuma razão para que Portugal não cumpra as suas obrigações no seio da zona euro", pelo que não vê "nenhuma razão para que haja preocupação", a menos que, ressalvou, haja "alguma alteração que deixe subentendida uma vontade de descontinuar o esforço dos últimos anos".

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