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Os relatos impressionantes de quem acordou durante uma cirurgia

Estima-se que, a cada 19 mil cirurgias, uma pessoa acorda a meio do processo.

21 de março de 2019 às 18:40

Acordar a meio de uma intervenção cirúrgica é, talvez, um dos maiores medos de quem tem de se submeter a uma anestesia geral. Apesar de os casos serem raros, acontece mesmo haver pacientes a despertar na hora errada.

Donna Penner, uma mulher canadiana de 55 anos, ainda guarda as memórias do momento aterrorizante por que passou. A mulher foi sujeita a uma operação ao abdómen, mas durante a operação, por motivos ainda desconhecidos, a anestesia geral falhou. A mulher acordou no momento em que lhe faziam a primeira incisão.Aquele dia nunca mais será esquecido por Donna. Com o corpo imóvel e paralizado, sob o efeito da anestesia, não conseguiu pedir ajuda enquanto vivia o momento de agonia. Em entrevista ao canal BBC, Donna descreveu a dor que sentiu como "horrível". 

"Eu não conseguia abrir os olhos, a primeira coisa que tentei fazer foi sentar-me, mas não me conseguia mexer! Parecia que alguém estava sentado em cima de mim. Eu senti os cirurgiões a mexerem-me nos orgãos"

De acordo com a Associação de Anestesistas da Grã-Bretanha e Irlanda são relatados cerca de um em cada 19 mil casos de pessoas que acordam durante a cirurgia. O estudo revela ainda que a probabilidade de acordar é maior durante uma cesariana e uma intervenção médica cardiotorácica.

Num outro estudo produzido pelo Registo de Consciencialização para Anestesias da Universidade de Washington, nos EUA, muitos pacientes contactados afirmaram que ouviram vozes e ruídos enquanto estavam sob o efeito da anestesia. 

"Eu ouvi um tipo de música e tentei entender o motivo do meu cirurgião ter escolhido aquela canção", contou um dos participants no estudo. "Ouvi várias vozes à minha volta que pareciam estar em pânico. Ouvi dizerem que me estavam a perder", relevou outro dos inquiridos.

Mais de 70% dos questionados revelaram ter sentido dor, "eu senti um furo e uma sensação de queimadura em quatro incisões, como se uma faca cortasse um dedo", descreve um dos pacientes. 

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