Primeiro-ministro recusa polémicas com o presidente do PSD.
O primeiro-ministro afirmou esta segunda-feira que "todos" têm de estar "revoltados" com as consequências do incêndio de Pedrógão Grande, prometeu esclarecimento total sobre as causas e prioridade à reconstrução, mas disse recusar polémicas com o presidente do PSD.
António Costa falava aos jornalistas após ter estado reunido com os presidentes das câmaras do Barreiro, Almada e Seixal sobre a reabilitação económica e ambiental do arco ribeirinho da margem sul do Tejo, depois de confrontado com as críticas do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, sobre a atuação do Estado no combate ao incêndio de Pedrógão Grande.
"Não vou tirar conclusões antecipadas face aos relatórios que foram solicitados, mas ninguém pode deixar de estar revoltado com o facto de, até este momento, termos perdido 64 vidas humanas num incêndio daquela dimensão. Todos nós temos de ser exigentes para esclarecer tudo o que há para esclarecer. Nada poderá ficar por esclarecer", respondeu o primeiro-ministro.
Confrontado com as críticas que têm sido feitas por Pedro Passos Coelho à atuação do Governo, nomeadamente a falta de apoio psicológico que, diz Passos, já levou a casos de suicídio, António Costa reagiu: "Não vou estar aqui a entrar em debate com o líder da oposição, nem creio que seja isso que os portugueses esperam do Governo".
"Os portugueses esperam que o Governo se empenhe no esclarecimento de tudo, que contribua para a reconstrução e para a reposição da normalidade da vida daquelas populações. Neste momento não vou contribuir com polémicas, [porque] não tenho teses, não tenho pontos de vista", declarou.
Segundo António Costa, o seu dever "é criar as condições para esclarecer tudo e total disponibilidade para, tal como líder da oposição propôs, a Assembleia da República crie uma comissão técnica independente".
"E que o Ministério Público tenha toda a informação disponível para realizar o seu inquérito. Vou aguardar serenamente as conclusões dessas informações. Mas eu não respondo antes de perguntar, nem concluo sem ser em função de informações que obtenho. Sobre polémicas, o líder da oposição fará as polémicas que entende, mas comigo não fará, porque não tenho um ponto de vista a defender", acrescentou.
Perante a insistência dos jornalistas sobre as críticas de que o Governo estar a ser alvo, o líder do executivo recomendou depois "prudência na produção de afirmações" e de notícias.
"Todos se recordam como na semana passada até chegou a ser identificada a nacionalidade de um piloto que teria falecido na queda de um avião, tendo-se depois verificado que, não só nenhum avião caiu, como nenhum piloto faleceu, felizmente. Devemos ser todos muito prudentes nas afirmações que produzimos", declarou.
Pela sua parte, António Costa afirmou que vai falar apenas "em função dos dados oficiais que obtiver e não com base em rumores, em notícias avulsas ou com base no diz que disse".
"Temos de falar com muita seriedade, porque estamos a falar da maior tragédia humana que o país alguma vez viveu. Isso exige a todos muita prudência e muita responsabilidade", insistiu o primeiro-ministro.
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