Américo Sebastião terá sido levado por militares no último Verão.
A polícia moçambicana anunciou este domingo que estendeu as investigações do desaparecimento do empresário português cujo paradeiro se desconhece há oito meses a todo o país inteiro e conta agora com o apoio de autoridades de países vizinhos.
Em entrevista à Lusa, Inácio Dina, porta-voz da Polícia de Moçambique, afirmou que o caso da investigação que estava circunscrito ao centro do país - local do desaparecimento de Américo Sebastião - é agora uma das prioridades nacionais das autoridades.
"Nós estendemos as investigações a nível do território nacional e também contamos com alguma ajuda de países vizinhos", disse Inácio Dina, lembrando que o país faz parte da Organização de Policias da África Austral e da Interpol, entidades que têm "contribuído bastante" para o esclarecimento de crimes complexos.
O empresário português está desaparecido há oito meses, depois de ter sido levado por desconhecidos para parte incerta, no distrito de Gorongosa, uma área que, durante muito tempo, foi marcada por confrontações entre as Forças de Defesa e Segurança e o braço armado da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido de oposição.
Em entrevista ao semanário Canal de Moçambique, na sua última edição, o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, acusou membros das Forças de Defesa e Segurança de terem raptado o empresário português, considerando que a imputação do caso ao braço armado do movimento é "propaganda barata"
"Segundo os relatos, aquele cidadão chegou ali às bombas [de combustível], parece que para abastecer o carro, chegaram as forças da FADM [Forças de Defesa Segurança e FIR [Forças de Intervenção Rápida] e pegaram-no, como se fosse brincadeira. Todas as pessoas assistiram", afirmou Afonso Dhlakama.
Questionado sobre as declarações da Renamo, Inácio Dina disse que a principal preocupação da polícia neste momento é garantir que o cidadão português volte ao conviveu familiar, lembrando que há "equipas especializadas no terreno e são estas que se devem pronunciar".
"Que todo cidadão, nacional ou estrangeiro, que tenha alguma informação significativa para o esclarecimento de um determinado crime que apresente às autoridades competentes", declarou o porta-voz do Comando Geral da PRM, que lembra que, no âmbito de uma investigação, as autoridades "não descartam qualquer hipótese".
"É desejo do Estado ver este crime esclarecido", concluiu Inácio Dina, apelando à calma e para que se evite declarações que possam "atrapalhar a investigações".
No início do mês, em declarações à Lusa, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva, disse que as autoridades portuguesas estão "muito preocupadas" com a falta de informação sobre a localização do cidadão português.
"As autoridades portuguesas - o Presidente da República e o Governo - estão muito preocupadas, como é seu dever, em relação às condições do desaparecimento de um nosso concidadão numa região de Moçambique, sobretudo ao facto de, vários meses depois de se ter verificado, não termos nenhum elemento concreto que os permita conhecer a sorte, o destino, a localização desse concidadão", afirmou Augusto Santos Silva, à margem da inauguração da chancelaria do principado do Mónaco.
Anteriormente, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português havia informado que o ministro do Interior moçambicano "deu conta", em Lisboa, ao Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, e ao primeiro-ministro, António Costa, "de que prosseguem as investigações das autoridades moçambicanas tendentes a apurar a situação do cidadão português.
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