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Presidente moçambicano exonera ministro da Defesa

Jaime Neto, docente e ambientalista, assumiu a pasta em janeiro de 2020, no novo Governo de Filipe Nyusi.

10 de novembro de 2021 às 17:58

O chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, exonerou Jaime Neto do cargo de ministro da Defesa, informou esta quarta-feira a Presidência da República em comunicado.

A nota não revela detalhes sobre as causas da exoneração, avançando, no entanto, que se trata de uma decisão tomada à luz da "alínea a do número 2 do artigo 159 da Constituição da República".

Embora sem carreira militar, Jaime Neto, docente e ambientalista, assumiu a pasta em janeiro de 2020, no âmbito da formação do novo Governo de Filipe Nyusi após as eleições gerais de outubro de 2019 em Moçambique.

Na terça-feira, o chefe de Estado moçambicano exonerou Amade Miquidade do cargo de ministro do Interior, segundo um comunicado da Presidência da República, que também não avançou detalhes sobre as causas da decisão.

Durante o encerramento dos cursos de formação de sargentos das Forças Armadas de Defesa, hoje, na província de Maputo, Filipe Nyusi declarou que está em curso um processo de reestruturação das Forças de Defesa e Segurança, visando fortalecer o "núcleo" que vai garantir a "manutenção das vitórias" que Moçambique, com a apoio das forças do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), tem alcançado no combate a grupos armados em Cabo Delgado, norte do país.

Desde 2017, um dos principais desafios dos setores da Defesa e Segurança em Moçambique é a insurgência armada em Cabo Delgado, com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A ofensiva das tropas governamentais ganhou vigor em julho, com o apoio do Ruanda, a que se juntou depois a SADC, permitindo aumentar a segurança e recuperar várias zonas onde havia presença de rebeldes, nomeadamente a vila de Mocímboa da Praia, que estava ocupada desde agosto de 2020.

O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.

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