Presidente da República recebeu "chave de ouro" da capital espanhola.
marceloemespanha
O Presidente da República recebeu esta segunda-feira a "chave de ouro" da cidade de Madrid, onde disse sentir-se em casa desde os seis anos, e elogiou o cosmopolitismo, multiculturalidade e dinamismo económico da capital espanhola.
brunocastroferreira
Marcelo Rebelo de Sousa iniciou na manhã desta segunda-feira uma visita de Estado de três dias ao Reino de Espanha, que começou com uma cerimónia oficial de boas-vindas no Palácio Real, onde chegou num Rolls Royce Phantom e foi recebido pelos reis Felipe VI e Letizia, com honras militares.
Foi no mesmo Rolls Royce, com escolta a cavalo, que o chefe de Estado seguiu do Palácio Real para o antigo edifício dos Paços do Concelho de Madrid, na Praça de La Villa, para receber a "chave de ouro" da cidade das mãos da presidente da Câmara Municipal, Manuela Carmena.
"É para mim uma profunda honra receber a chave de ouro de uma cidade e capital tão amiga de Portugal como é Madrid. Em rigor, não era preciso, porque desde os seis anos de idade, primeira vez em que vim a Madrid, me senti como vosso, como estando em casa, como partilhando as vossas alegrias, os vossos sonhos, as vossas expectativas e a vossa amizade, e a vossa fraternidade", afirmou.
Num curto discurso, de cerca de cinco minutos, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que "futuro, esperança, desenvolvimento" são "três marcas da cidade de Madrid" e também "sintetizam o signo sob o qual se desenrola esta visita".
Segundo o Presidente da República, a capital de Espanha "tem presente, mas é sobretudo futuro" e é uma cidade "multicultural, multivalente, centro mundial da arte, polo de relacionamento com outros continentes, e desde logo com a América Latina, farol para a paz e para a fraternidade".
"Socialmente vibrante, economicamente pujante, culturalmente inovadora, com a força das instituições, a solidez das fundações, a história de tantos séculos. Mas, sobretudo, a aposta na juventude, nas jovens gerações, no futuro", descreveu.
Madrid destaca-se pela "visão cosmopolita, a abertura ao mundo, a não aceitação da xenofobia, a recusa do protecionismo, a coesão, a solidariedade, a defesa dos direitos humanos", prosseguiu.
Em castelhano, Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que é "uma cidade cujas chaves não fecham portas", antes "abrem horizontes", que constitui "um símbolo dos valores da liberdade, do respeito pelo outro e do cosmopolitismo" e honra "o melhor da Europa".
O Presidente da República referiu que "nomes tão portugueses como Almada Negreiros ou Siza Vieira, entre outros, deixaram uma marca também" em Madrid e falou sobre os milhares de portugueses residentes na capital espanhola, considerando que ali "foram tão bem acolhidos" e que "se sentem tão bem integrados".
"Contribuem para o desenvolvimento de uma cidade que nos é tão querida. Fazem-no da música à gestão de museus, da finança à banca, do ensino às artes, da ciência à tecnologia, do comércio à indústria. E ao fazê-lo desempenham um papel fundamental na construção do futuro, na afirmação de um caminho de esperança e no desenvolvimento e reforço das relações de fraternidade que nos unem", disse.
Cerimónia de homenagem aos mortos perturbada por manifestação de reformados
A cerimónia com o Presidente da República portuguesa e o rei de Espanha de homenagem aos Caídos (mortos) pela pátria espanhola foi hoje em Madrid perturbada pelos gritos e assobios de uma manifestação com várias centenas de reformados.
Os pensionistas expressavam perto do Congresso dos Deputados (parlamento) o seu desagrado pela falta de aumentos das reformas, mas quando viram o cortejo oficial chegar a uma praceta ao lado, e sem saber muito bem o que se passava, resolveram dirigir-se para o local para manifestar o seu descontentamento.
Quando saiu do carro oficial, Marcelo Rebelo de Sousa, que também não sabia o que estava a acontecer, sorriu para os manifestantes, acenou e fez o símbolo de "ok" com o polegar para cima.
Assobios e várias palavras de ordem como "o povo unido jamais será vencido" foram abafadas pela banda militar que entoou o hino de Portugal e de Espanha.
A cerimónia demorou alguns minutos e no final Felipe VI e Marcelo Rebelo de Sousa despediram-se e entraram cada um no seu carro.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, iniciou hoje uma visita de Estado de três dias a Espanha, durante a qual terá vários encontros com o rei Felipe VI e será recebido pelo chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy.
Acompanham-no nesta deslocação ao Reino de Espanha, dividida entre Madrid e Salamanca, os deputados Carla Barros, do PSD, Luís Testa, do PS, António Carlos Monteiro, do CDS-PP e Rita Rato, do PCP -- o Bloco de Esquerda optou por não se fazer representar. O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), Augusto Santos Silva, não esteve na parte inicial da vista por estar a participar numa reunião de MNE no Luxemburgo, sendo substituído pela secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias.
Marcelo Rebelo de Sousa chegou à capital espanhola no domingo à noite e foi recebido hoje de manhã pelos reis de Espanha, Felipe VI e Letizia, no Palácio Real, com honras militares.
Depois, na Câmara Municipal de Madrid, recebeu as chaves da cidade, antes de prestar homenagem aos "caídos por Espanha", na Praça da Lealdade, e da audiência com Felipe VI, no Palácio da Zarzuela, residência oficial dos reis espanhóis, seguida de um almoço privado com os monarcas.
À tarde, o chefe de Estado participará num debate com estudantes na Universidade Carlos III, sobre as relações de Portugal, Espanha e União Europeia com a América Latina, e à noite terá um jantar de gala oferecido pelos reis de Espanha em sua honra, no Palácio Real.
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