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Ações da PT atingem mínimo histórico

Incertezas sobre o futuro da empresa aumentam, a três dias da assembleia-geral de acionistas.

19 de janeiro de 2015 às 13:56

As ações da PT SGPS registaram esta segunda-feira um mínimo histórico, ao tocar nos 57 cêntimos, a três dias da assembleia-geral de acionistas, perante o aumento das incertezas sobre o futuro da empresa.

Cerca das 12:25, os títulos da PT SGPS lideravam as perdas do PSI20, principal índice da bolsa portuguesa, ao recuarem 9,69% para 0,578 euros, abaixo da barreira dos 60 cêntimos.

A assembleia-geral de acionistas da PT SGPS para votar a proposta de venda da PT Portugal aos franceses da Altice, que foi suspensa a 12 de janeiro, foi remarcada para quinta-feira, 22 de janeiro, antes da assembleia de obrigacionistas da brasileira Oi. A suspensão da reunião magna serviu para a administração da PT SGPS divulgar informação que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) considerava relevante para os acionistas, entre os quais os pareceres jurídicos sobre o processo de fusão entre a empresa portuguesa e a brasileira Oi.

Apesar da informação já ter sido divulgada, há incertezas, tendo Henrique Granadeiro, ex-presidente da PT considerado, em declarações ao semanário Expresso que a venda da PT Portugal, que está nas mãos da operadora brasileira desde maio de 2014, visa apenas libertar "os acionistas da Oi das suas dívidas e a Oi da dívida dela". Henrique Granadeiro sublinha ainda que quando a PT SGPS renegociou o acordo com a Oi, no âmbito do processo de combinação de negócios, a empresa portuguesa não sabia que a Oi tinha a intenção de vender a PT Portugal, caso contrário não teria havido negociação.

As dúvidas sobre a concretização do processo de fusão foram contrariadas pela Oi, que veio na passada sexta-feira garantir que não estava em incumprimento e que a venda da PT Portugal, que tem a Meo, Sapo, entre outros serviços, é o melhor para todos os acionistas.

Recentemente, a PT SGPS viu-se a braços com o lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) pela empresária angolana Isabel dos Santos, operação que caiu por terra em dezembro, e com as recentes buscas à sua sede e a divulgação do relatório da PriceWaterhousecoopers (PwC) sobre as aplicações financeiras da empresa na Rioforte, do Grupo Espírito Santo (GES).

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