A edição de hoje
Cantor diz revela não ter, para já, vontade de procurar mais informações sobre dador.
Salvador Sobral voltou, recuperado, aos holofotes. Numa entrevista dada esta quinta-feira na RTP, a primeira depois de receber um transplante de coração que lhe salvou a vida, o cantor que deu a Portugal a primeira vitória na Eurovisão foi igual a si próprio e chegou mesmo a usar vernáculo durante a conversa.
Enquanto lhe perguntavam quem iria fazer parte do seu próximo disco, Salvador queixou-se de ainda estar à espera de uma composição executava por Samuel Úria, pedindo em direto que o mesmo se despachasse a enviá-la. "Samuel, se me estiveres a ouvir, manda lá a m***** da música", disse, entre risos.
Antes, Salvador falou sem rodeios da experiência por que passou recentemente, garantindo a todos que continua a sentir-se o mesmo.
"O coração é um músculo. A alma fica lá, é a mesma", disse, não mostrando muita vontade em saber a história do coração que lhe salvou a vida.
"Vejo a situação de forma muito prática. Havia este problema e a ciência resolveu-o. Por agora ainda não tenho essa vontade de ir procurar", adianta. Mesmo assim, diz ter sentido medo.
"Claro. Seria um cubo de gelo se não tivesse tido medo", ressalva.
A experiência não deverá ter, de resto, muita influência nas suas próximas canções. "Eu não sou grande compositor. Gosto de ser intérprete. Nunca componho a pensar ou no transplante de coração ou no coração de outra pessoa", entende.
Sobre a Eurovisão, garante não sentir "nenhuma responsabilidade por influenciar os outros". "Odeio responsabilidades", assume, deixando, apesar disso, um conselho a quem quiser ser o próximo Salvador: "estudar música".
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