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Trabalhador apresenta plano de recuperação da TNC

O plano de recuperação da Transportadora Nacional de Camionagem (TNC) já deu entrada no Tribunal do Comércio de Lisboa (TCL) e foi apresentado por um funcionário que é também um pequeno credor da empresa, confirmou o sindicato do sector

02 de setembro de 2011 às 14:50

"A juíza não marcou [quinta-feira] a assembleia de credores porque entendia  que faltava um plano de viabilização da empresa, mas com a entrega deste  documento pensamos que estão reunidas todas as condições para que agora  seja marcada", declarou Anabela Carvalheira, do Sindicato dos Trabalhadores  de Transportes Rodoviários e Urbanos (STRUP).

"O plano de recuperação é o mesmo apresentado no ano passado pelo administrador  de insolvência [não foi aprovado porque um ex-trabalhador o impugnou judicialmente]  devidamente actualizado e com a colaboração do representante legal da proprietária  da TNC", explicou a sindicalista.

O plano de recuperação tem de ser apresentado obrigatoriamente por um credor da empresa mas, como a proprietária da TNC legalmente não o pode  fazer, nem nenhum outro dos vários credores o fez, a solução encontrada passou por ser um trabalhador, também pequeno credor da empresa, a avançar  com o plano de recuperação.

Os trabalhadores da transportadora, que  pernoitaram nos 51 camiões estacionados junto ao Campus da Justiça, prometem  "não arredar pé" até que a juíza analise o documento agora entregue e tome  uma decisão.

"Depois de saber a decisão da juíza, se marca ou não a assembleia de credores, vamos reunir com os trabalhadores e decidiremos o que fazer", avançou o coordenador nacional do STRUP, Fernando Fidalgo.

Os 51 camiões saíram na quinta-feira pelas 06h30 de Alverca para realizarem, pela terceira vez, uma marcha lenta na EN10, e chegaram ao Campus da Justiça  por volta das 08h00, onde se mantêm desde essa altura.

O processo de insolvência da Transportadora Nacional de Camionagem foi  publicado a 05 de Janeiro de 2010 e em assembleia de credores, realizada  a 11 de Julho ficou decidida a sua liquidação. Os trabalhadores estão em luta e continuam em vigília na sede da empresa desde 14 de Julho.

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