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Uma viagem pela riqueza natural de Arouca

Natureza, história, tradição e até pedras que brotam de uma rocha-mãe fazem parte do roteiro por um concelho de Aveiro que oferece ar puro.

14 de novembro de 2017 às 22:36

Os rios correm com pressa em arouca e o verde inunda a paisagem rochosa, detentora de uma beleza que nos tira o fôlego. Visitar aquela vila é quase como se fizéssemos uma viagem no espaço e no tempo, mas é uma viagem onde a aventura está bem presente e onde todos os sentidos devem estar bem despertos.

Há aldeias tradicionais que contam um pouco da história de quem ali vive, artesanato, desportos de aventura no rio Paiva e percursos pedestres. É precisamente neste último ponto que reside uma das maiores atrações. Trata-se, pois claro, dos Passadiços do Paiva.

É logo pela manhã que devemos começar a visita. O percurso tem oito quilómetros e atravessa um autêntico santuário natural, passando pelas praias fluviais do Areinho, Espiunca e do Vau. Trata-se de uma viagem pela biologia, geologia e arqueologia. A escolha ideal para quem ama a natureza. E quem quer continuar a embrenhar-se pelo meio da paisagem deve seguir para a serra da Freita e procurar a Cascata da Frecha da Mizarela. É uma cascata alimentada pelas águas do rio Caima e tem cerca de 75 metros, tratando- -se de uma das quedas de água mais altas da Europa.

Podemos depois continuar a percorrer a serra da Freita e seguir para a Casa das Pedras Parideiras. É aqui que tentamos compreender um fenómeno que terá 300 milhões de anos e que é raro no mundo. Tratam-se de pedras de origem granítica que, por ação da natureza geodinâmica, brotam de uma rocha-mãe. As pedras parideiras simbolizavam, na tradição ancestral da região, a fertilidade.

Para conhecer melhor a história e os costumes de Arouca importa também visitar uma das suas típicas aldeias, Paradinha, em Alvarenga. Ali, as casas são feitas de xisto e ardósia e estão ainda presentes muitas tradições. Podemos ainda encontrar mós, moinhos, carros de bois e muitos outros utensílios ligados à agricultura.

O centro da vila não pode ficar esquecido e temos obrigatoriamente que visitar o Mosteiro de Arouca. É lá que se encontra o túmulo de D. Mafalda, filha de D. Sancho I e beatificada em 1792. No interior, do mosteiro localiza-se ainda o Museu de Arte Sacra, onde estão expostos vários objetos das religiosas que lá habitaram. Tratam-se de pinturas, esculturas, peças de ourivesaria, têxteis e mobiliário, que representam o que de melhor há a nível de arte em Portugal.

Sem dúvida alguma, esta é a forma perfeita de dizer adeus a Arouca.

Uma vila que conquista os visitantes pela ‘barriga’

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