Com a chegada da primavera, apetece mesmo sair de casa e passear por locais emblemáticos das cidades.
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Um dos cartões de visita da capital, a Praça do Comércio é uma obra arquitetónica do século XVIII, integrada no plano de reconstrução da cidade após o terramoto de 1755. Localizada onde antes ficava o Terreiro do Paço, aqui se entrecruzam artes em perfeita harmonia. Aberta a sul para o estuário do Tejo, até à era do transporte aéreo foi uma ‘sala de receção’ para quem chegava de barco.
No centro encontra-se a estátua equestre de D. José I, um trabalho do escultor Machado de Castro. Nos edifícios que envolvem a praça localizam-se diferentes ministérios, na arcada Norte o café-restaurante Martinho da Arcada merece uma visita. Observe ainda o Arco Triunfal.
Já entre o Príncipe Real e a avenida da Liberdade desfrute da praça da Alegria e o seu romântico espaço verde, o jardim Alfredo Keil. Esta pequena zona verde foi plantada em 1882 no local onde se realizava a Feira da Ladra.
Também denominado jardim da Praça da Alegria, foi buscar o seu nome ao pintor e compositor Alfredo Keil, autor da música do hino nacional. É também na praça da Alegria que está instalado o Hot Clube de Portugal desde os anos 50. Um recanto da capital onde também cabe o Maxime Hotel, outrora um cabaret para as elites.
História com quatro séculos para contar
Localizada a poucos metros da Livraria Lello a praça Gomes Teixeira, popularmente conhecida como praça dos Leões, tem 400 anos de história. Fica localizada no coração do Porto e o nome pelo qual é oficialmente conhecida surgiu há 130 anos, devido a uma fonte que ali foi instalada e que ficou conhecida como fonte dos Leões.
A praça foi construída em 1619, ano da fundação do vizinho convento dos padres carmelitas descalços. Algumas décadas mais tarde, nesta praça foram erguidos o Colégio dos Órfãos (1651) e o Recolhimento do Anjo (1672).
Outra praça a merecer um destaque especial, a da Liberdade, liga o Porto antigo ao moderno. No centro da praça, localizada ao fundo da avenida dos Aliados, destaca-se a estátua do rei Pedro IV, um monumento de dez metros de altura construído em bronze, em 1862. Na praça encontra-se a estátua do ardina e dali vê-se a estação de S. Bento e a torre dos Clérigos.
Homenagem ao rei
A imponente estátua em bronze de D. Duarte não deixa indiferente quem passa ou visita o centro histórico de Viseu. A praça D. Duarte é um dos ex-líbris da cidade, ali onde se preservam edifícios do século XVIII e XIX com forte traça arquitetónica da época.
Aliás, até finais do século XIX esta praça, localizada ao lado da ala sul da Sé Catedral, era o local mais frequentado pelos comerciantes. Era ali que se realizava o mais importante mercado da região. Hoje, esta praça serve de local de acesso à Sé Catedral e de ponto de encontro para um café ou uma refeição nas esplanadas de bares e restaurantes.
A estátua é da autoria do escultor Álvaro de Brée e homenageia o rei filósofo e literato D. Duarte (1391-1438), nascido em Viseu.
Ex-largo de Sansão
Preenchida por edifícios dos séculos XVI e XVII, a praça 8 de Maio é dos locais mais visitados de Coimbra. Esta praça deve o seu nome ao dia em que, em 1834, entraram na cidade dos estudante as tropas liberais do Duque de Terceira.
Até ali, e mesmo depois, esta praça era popularmente conhecida como largo de Sansão, por ali existir uma estátua da personagem bíblica que encimava um chafariz que viria a ser demolido em 1612.
Ponto de ligação de muitas ruas de comércio e que respiram história, a praça 8 de Maio acolhe também a Igreja de Santa Cruz - Panteão Nacional onde descansam os restos mortais dos reis Afonso Henriques e Sancho I. Na outra zona da praça continua aberto o histórico Café Santa Cruz.
Um espaço nobre
A praça do Giraldo, datada do século XVI, é um dos locais mais emblemáticos de Évora. Ali, onde já se realizaram mercados, foi durante muito tempo o rossio da cidade alentejana e o terreiro onde se fazia a feira de Santiago, em julho. Um espaço onde vivia grande número da população, em particular os comerciantes, que ali vendiam os seus produtos.
Ali esteve instalada a câmara municipal e a antiga prisão. A designação surge em homenagem ao cavaleiro mercenário Geraldo sem Pavor, que conquistou a cidade aos mouros em 1167. Uma praça onde convergem oito ruas, que a ligam a diversos pontos da localidade.
Naquele ponto central encontra-se ainda uma fonte com oito bicas, número relacionado com as ruas.
Com vista para a ria
No Algarve diz-se que as ruas têm o mar ao fundo e, no caso da praça Dom Francisco Gomes, em Faro, esta é uma verdade indesmentível.
Junto à doca da cidade, na margem da ria Formosa, o espaço goza de uma vista invejável, que pode ser desfrutada em várias esplanadas (ou rooftops). No centro da praça está o jardim Manuel Bivar, que inclui um parque infantil e onde, regularmente, há feiras temáticas.
D. Francisco Gomes de Avelar foi Bispo do Algarve entre 1789 e 1816. Encontrou a região muito devastada pelo sismo de 1755 e distinguiu-se pela recuperação tanto de igrejas como de infraestruturas. Que a praça a que dá nome seja um exemplo da renovação urbanística de Faro nos últimos anos é uma feliz coincidência.
Miradouro da cidade
Não há como passar por Braga sem cruzar a praça da república - local incontornável e nevrálgico da capital do Minho que passou a ter essa designação em 1910.
Mais conhecida por ‘Arcada’, todos os caminhos pedonais da cidade desaguam na praça da República, onde estão localizados os mais antigos e típicos cafés da cidade, mantendo as traças arquitetónicas da época e em alguns casos até o mobiliário.
Ali sente- -se o pulsar da cidade, não há roteiro turístico que lhe escape, até porque serve de miradouro privilegiado para as colinas que envolvem a cidade dos arcebispos - do Bom Jesus, ao Sameiro, passando pelo Picoto, a vista é impagável ainda para a emblemática avenida da Liberdade.
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