Presidente do Parlamento justifica medida para garantir chegada de assistência humanitária ao país
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O presidente do parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, afirmou esta sexa-feira que, se necessário, pode autorizar uma intervenção militar dos Estados Unidos para forçar Nicolás Maduro a deixar o poder e a acabar com a crise humanitária no país.
"Nós faremos o que for necessário. Essa é, evidentemente, uma questão polémica, mas fazendo uso da nossa soberania, do exercício das nossas prerrogativas, faremos o que for necessário", disse Guaidó, numa entrevista à France Presse, depois de questionado se usaria os seus poderes legais como Presidente interino para autorizar uma possível intervenção militar.
A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Corredor humanitário na fronteira
O líder do Parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, afirmou esta sexta-feira que caso o Governo de Nicolás Maduro se oponha à entrada de alimentos e medicamentos doados, um grupo de voluntários irá às fronteiras abrir um "canal humanitário".
"Se eles se atreverem a continuar a bloquear as estradas, a continuar a dificultar a vida dos venezuelanos, então todos estes voluntários vão abrir um canal humanitário a seu tempo", disse o líder da oposição, que em janeiro se autoproclamou Presidente interino da Venezuela, durante um comício na Universidade Central da Venezuela, em Caracas.
Guaidó anunciou que no sábado vai começar a "organização do mais nobre movimento", numa alusão a uma rede de voluntários que reunirá pessoas que desejem trabalhar gratuitamente na distribuição de alimentos e medicamentos.
O líder do Parlamento explicou que esta rede de voluntários surgirá de todas as comunidades dos 335 municípios do país e que será outra forma de protestar contra a "ditadura" de Maduro, que nega a existência de uma crise humanitária e que afirmou que não vai permitir a "humilhação" de aceitar doações.
"Este apelo é alargado a todos os setores, porque a um povo organizado nada o vence", disse Guaidó, que lembrou a existência de 300 mil venezuelanos em risco de vida devido à deterioração do sistema de saúde no país.
Juan Guaidó acrescentou ainda que a manifestação agendada para terça-feira vai decorrer "em todas as esquinas" da Venezuela, para a retirada de Maduro do poder e a entrada de ajuda humanitária no país.
A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.
Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.
A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconhece Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.
A repressão dos protestos antigovernamentais desde 23 de janeiro provocou já 40 mortos, de acordo com várias organizações não-governamentais.
Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados da ONU.
Na Venezuela, antiga colónia espanhola, residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.
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