A derrota do FC Porto com o Famalicão acabou por precipitar o desfecho mais esperado: o Benfica é campeão nacional, chegando ao 38.º campeonato da sua história e volta a erguer o troféu que lhe escapava desde 2018/19. De resto, o último título arrecadado pelas águias tinha sido a Supertaça de 2019, o que mostra bem a dimensão de uma 'seca' que se arrastava há quase quatro anos, pouco habitual na história mais recente do clube.
Os encarnados começaram a todo o gás a prova e chegaram a ter 10 pontos de avanço, com possibilidade de aumentarem para 13 na receção ao FC Porto. Uma derrota nesse encontro e no seguinte colocaram os dragões a apenas 4 de distância e relançaram a prova. Contudo, a formação lisboeta endireitou-se, manteve a diferença nas jornadas seguintes e consumou agora a conquista, aproveitando a escorregadela do rival - estão 3 pontos em disputa, no caso dos portistas, quando ambos estão separados por 4. Quase chegados ao fim, a verdade é que o Benfica liderou desde a jornada 1, ex aqueo ou isoladamente.
Neste guia, contamos-lhe tudo sobre a caminhada do tão ansiado '38'. Os números, os protagonistas, as imagens e muito mais, numa viagem imperdível.
Com exceção da derrota pesada em Braga e o duplo desaire com FC Porto e Chaves, o Benfica evidenciou domínio ao longo de toda a temporada. Forte no ataque, forte a defender (como mostram os golos marcados e sofridos) e com vários jogadores em foco, a comporem a espinha-dorsal da equipa. Desde Otamendi e Grimaldo lá atrás, passando por João Mário no meio-campo e Rafa e Gonçalo Ramos no ataque.
Cedo Roger Schmidt definiu o seu onze base - algo que, a dada altura da época, lhe valeu críticas por não rodar a equipa. Embora não conste deste XI, Enzo Fernández foi um elemento chave na primeira metade, assumindo-se como um dos motores até à sua saída, em janeiro, para o Chelsea. De resto, nomes como João Neves ganharam algum protagonismo nas derradeiras jornadas.
Um total de 30 jogadores sagraram-se, até ao momento, campeões pelo Benfica em 2022/23. Entre os que estiveram quase sempre em campo, passando pelos que atuaram apenas um minuto, como Ndour, todos terão direito à respetiva medalha. Saiba aqui o que fizeram todos os futebolistas dos encarnados nesta Liga Bwin.
Embora a última imagem seja a de um jogador já algo desgastado, a verdade é que João Mário foi elemento fundamental no título do Benfica ao longo de quase toda a temporada. Gonçalo Ramos também poderia surgir neste espaço, mas a escolha acabou por recair no médio, que marcou os mesmos golos (ainda que vários tenham sido de penálti) e atuou maioritariamente descaído para a esquerda mas também ao meio ou à direita. Sempre com enorme influência no futebol atrativo do Benfica. A melhor temporada da carreira, onde chegou a capitanear a equipa várias vezes. Veja, em baixo, os números de João Mário e todos os seus golos neste campeonato.
O Benfica investiu mais de 60 milhões no mercado de verão e mais 16 M€ no inverno. Vários pegaram de estaca, outros deram importante contributo e houve também desilusões em toda a linha. Em baixo mostramos-lhe o rendimento das principais contratações.
Foi há pouco mais de um ano (27 de abril de 2022) que o Benfica confirmou o acordo com Roger Schmidt, ainda a época 2021/22 não tinha terminado. Uma decisão que, a partir do verão, viria a mudar o rumo enfadonho que a equipa levava, agora com o título nacional como expoente máximo. Mas a conquista da Liga é apenas o corolário de uma mudança clara no futebol encarnado desde que o treinador alemão assumiu os destinos.
Pressão com muitos efetivos, recuperação de bola em zonas adiantadas, futebol de ataque apoiado em combinações entrelinhas, envolvimento intensivo dos laterais no ataque ou inúmeras trocas posicionais na frente. Eis algumas das imagens de marca deste Benfica sob o comando de Schmidt. Desde cedo o treinador deixou bem claros os seus princípios de jogo e, com as vitórias, veio uma confiança ainda maior nas ideias do técnico. Durante a primeira metade da época, o Benfica foi arrasador, ganhando no Dragão ao FC Porto, as duas partidas com a Juventus e empatando com o todo-poderoso PSG também duas vezes. Isto entre várias goleadas e show's ofensivos.
Nomes como Rafa, João Mário ou Florentino foram 'recuperados' depois de fases mais apagadas; Gonçalo Ramos explodiu como goleador; Enzo Fernández deslumbrou a Europa e depois o Mundo antes de sair em janeiro; António Silva afirmou-se tão imponente quanto inesperadamente; Aursnes, um pedido do treinador, mostrou saber fazer tudo e bem... Todos estes tópicos parecem ter tido o dedo de Schmidt, uma das figuras deste título encarnado. A confiança no germânico foi tanta que Rui Costa decidiu mesmo renovar-lhe o contrato em março, até 2026.
Apesar das eliminações precoces na Taça de Portugal e Allianz Cup, do adeus amargo à Champions nos quartos de final perante um Inter Milão que parecia ao alcance e da quebra em algumas fases da segunda metade de 2022/23, o balanço da primeira época de Schmidt é claramente positivo.
Como futebolista, como administrador da SAD e agora como presidente. Rui Costa já pode gabar-se de ter conquistado o campeonato pelo Benfica nas mais variadas formas. Eleito a 10 de outubro de 2021 de forma clara, depois de um dos períodos mais negros da história recente do clube com a detenção do anterior líder, Luís Filipe Vieira - o que levou a que Rui Costa tenha assumido o cargo interinamente nesse verão -, o Maestro anunciou então um "novo ciclo", prometendo fazer de tudo para "fazer o Benfica ganhar".
Desde 2008 na pele de dirigente, primeiro como diretor desportivo e depois como administrador da SAD, Rui Costa há muito que está habituado aos gabinetes. Mas este era um desafio diferente. Até porque passou a ser o principal responsável, para o bem e para o mal. Na primeira época completa, acertou em cheio na escolha de Roger Schmidt, o treinador que mudou o futebol do Benfica e deu o '38' aos encarnados. Rui Costa desde logo preconizou um futebol que fizesse jus à história do clube e que fosse de acordo com aquele que explanava nos relvados nos seus tempos de jogador. Assim foi.
Ao longo da temporada, não escondeu a sua veia de adepto nos momentos mais marcantes, como a vitória no Dragão ou os triunfos contra a Juventus, sendo visto a celebrar no balneário com os jogadores. Mas a maior prova de que continua a viver intensivamente o seu Benfica surgiu depois da partida com o Sp. Braga na Luz, onde até cantou com os adeptos. A ligação à 'era Vieira' ou as indefinições quanto ao futuro de Domingos Soares de Oliveira não desapareceram, mas esta conquista coloca o antigo craque como praticamente incontestável na tribuna da Luz.
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Como foi referido em cima, o Benfica lidera este campeonato desde a primeira jornada e da 4.ª ronda para cá passou a fazê-lo de forma isolada. Algo que mostra a superioridade e regularidade das águias na prova.
As boas exibições da equipa empolgaram os adeptos do Benfica, que esta época acorreram em massa ao Estádio da Luz. O resultado foi uma das maiores médias de assistência do recinto neste século. Só na Liga Bwin, estiveram em média 56.677 espectadores no palco das águias, nas 16 partidas lá disputadas, o que dá uma taxa de ocupação de quase 88,5%.
As alterações no próprio estádio, com a introdução das novas luzes LED, e até a 'contratação' do Deejay Kamala deram um 'boost' a esta subida nas lotações.
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António Silva. Um dos grandes nomes deste título. Aos 19 anos, o jovem defesa central começou a temporada na equipa B, mas a saída de Jan Vertonghen e a lesão de Morato abriram-lhe as portas da formação principal. Rapidamente se afirmou, mostrou uma maturidade acima da média e assinou exibições que o levaram ao Mundial'2022. Renovou contrato em setembro até 2027 e será muito provavelmente um dos jovens que irá rechear os cofres da SAD nos próximos tempos.
Braga. A época do Benfica conheceu um dos pontos mais delicados na visita à cidade minhota. Pouco depois do Qatar'2022, naquele que foi o primeiro jogo de Nico Otamendi e Enzo Fernández como campeões mundiais - foi também um dos piores do médio argentino... -, os encarnados mostraram talvez uma das piores faces da temporada, numa derrota por 3-0. Pensou-se que aquele poderia ter sido um ponto de viragem para o lado negativo, mas os jogos seguintes mostraram que não era o caso.
Champions. Este especial é sobre o título de campeão nacional, mas é impossível não falar aqui da Liga dos Campeões. Especialmente porque em determinado momento da época se chegou a sonhar na Luz com a possibilidade de juntar um título nacional ao europeu. A caminhada dos encarnados terminou nos quartos-de-final, aos pés do Inter Milão, isto depois de terem deixado pelo caminho a Juventus na fase de grupos e ter acabado à frente do Paris SG nessa mesma fase.
Desilusões. Julian Draxler chegou à Luz provavelmente como o nome mais sonante. Campeão do Mundo em 2014, com uma carreira repleta de sucessos, mas uns últimos anos que faziam todos os adeptos olhar com desconfiança. O que se viu no relvado mostrou que essa desconfiança fez todo o sentido. O internacional germânico acabou a época mais cedo, devido a uma grave lesão, mas até então pouco tinha mostrado nos 10 jogos que totalizou. Outro nome que pouco mostrou foi John Brooks. De tal forma que saiu para o Hoffenheim em janeiro depois de apenas ter feito 5 jogos nas águias, num total de 233 minutos.
Enzo. O argentino pode ter saído no mercado de inverno, mas é um nome incontornável na temporada dos encarnados. Mesmo que, quatro meses depois, provavelmente já poucos sintam propriamente saudades - especialmente pela forma como saiu. Foi ele o grande dinamizador da primeira metade da temporada do Benfica, assinando exibições de gala que o levariam ao Mundial'2022 e, eventualmente, a uma transferência milionária, em cima da buzina, para o Chelsea. Nos blues continua a ser figura, mas o balanço da época por lá será tudo menos famoso. Os londrinos nem à Champions vão no próximo ano...
Fredrik Aursnes. Custou 13 milhões de euros, mas é daqueles jogadores que vale cada cêntimo. Aos 26 anos, chegou a Lisboa como um desconhecido para o comum dos adeptos - já que apenas tinha uma temporada de Feyenoord depois de uma carreira no futebol norueguês -, mas rapidamente mostrou que é um jogador de outro nível. Super eficiente em todas as ações do jogo, destacou-se também pela sua incrível polivalência, que o levou a ser opção à frente de Gilberto quando Bah esteve lesionado. Um dos melhores reforços da temporada.
Gonçalo Ramos. Era impossível escapar ao nome do avançado. Aos 21 anos, depois de no início da temporada se ter falado de forma recorrente da sua eventual saída, viveu o melhor ano da carreira (até ao momento), com golos decisivos neste Benfica e também a chegar à Seleção. Acaba com 19 golos marcados, foi o melhor marcador das águias e ficou a 3 de Mehdi Taremi no topo dos goleadores da Liga.
História. O Benfica de Roger Schmidt entrou na temporada a todo o gás e foi aí que construiu de forma decisiva a conquista deste título. A equipa do alemão começou com 28 jogos seguidos sem perder - com 13 vitórias seguidas a abrir - e fixou-se como a segunda melhor de sempre neste particular. Melhor apenas o Benfica de Béla Guttmann, que em 1959/60 começou a temporada com 31 jogos sem perder.
Intensidade. Foi uma das marcas do Benfica desta temporada, especialmente naquela série demolidora de 28 jogos seguidos sem perder no arranque. A equipa da Luz marcava e não se ficava. Ia em busca de mais e mais. Construiu goleadas e encantou os adeptos. Esse ritmo, ainda assim, viria a cair na segunda metade da época, a coincidir com o regresso pós Mundial'2022. Veio aí a primeira derrota da temporada e a equipa tremeu, com um empate diante do Sporting logo depois. O triunfos voltaram, mas a qualidade exibicional nunca mais foi a mesma.
João Mário. Um inesperado goleador de serviço. Mas o médio contratado na época passada ao Inter Milão foi muito mais do que os golos que marcou. No momento mais fulgurante da temporada foi o maior dinamizador do ataque encarnado e assinou várias assistências (7), que ajudaram a equipa a conseguir vitórias bem importantes. Entendeu-se às mil maravilhas com Rafa e Gonçalo Ramos, com os quais formou um trio demolidor. Muitos dirão que marcou muitos golos de penálti (7), mas só os marca quem os tenta e... tem pontaria.
Luz. Costuma dizer-se que os adeptos são o 12.º jogador e dificilmente essa não é a norma quando estamos a falar de um título de campeão nacional. Nem sempre foi tudo um mar de rosas - o ambiente azedou quando os resultados deixaram de aparecer -, mas o clube encarnado foi sempre aquele que maior moldura humana foi capaz de reunir. De tal forma que o Estádio da Luz acabou o ano como aquele que maior percentagem de adeptos teve.
Musa. Um dos avançados com melhor rácio de golos por minuto, certamente. Fez 7 na Liga, conseguidos em pouco mais de 600 minutos. É um golo a cada 88 minutos! Viveu na sombra de Gonçalo Ramos, mas soube lidar muito bem com isso. Não fez golos decisivos, mas conseguiu bisar no fecho da temporada diante do Portimonense Acaba a época com golos em todas as competições em que atuou pelo Benfica: um total de 11 golos.
Neves. O miúdo de apenas 18 anos será, a par de António Silva, uma das revelações da temporada. Surgiu numa fase tardia, foi tendo oportunidades com alguns minutos depois da paragem para o Mundial, mas foi apenas na fase mais decisiva que começou a atuar mais. Foi titular em praticamente a totalidade dos minutos nos últimos seis jogos, marcou em Alvalade e abriu já caminho para uma temporada 2023/24 na qual provavelmente irá cimentar a sua posição no meio campo. Aos 18 anos já joga como gente grande!
Otamendi. O argentino chegou ao clube em 2020/21, na altura precisou de conquistar o coração dos adeptos, mas agora provavelmente nenhum é capaz de colocá-lo em causa. De tal forma que, agora que está em final de contrato, serão poucos os que não desejam a sua permanência. Este ano voltou a ser preponderante, tanto na forma como atuou - também teve jogos menos bons... -, mas essencialmente pelo seu papel no crescimento de António Silva.
Penáltis. O Benfica foi a equipa que mais penáltis teve a favor esta temporada. Foram 13, tendo 9 resultado em golo e 4 sido falhados. Os encarnados chegaram ao título com mais 1 penálti do que o FC Porto. Ainda assim, a equipa da Luz teve uma eficácia inferior à dos rivais: 69,2%, contra os 82,3% do FC Porto.
Quebra. A temporada das águias foi bastante regular, mas houve dois pontos algo críticos. Primeiro em dezembro, com a eliminação da Allianz Cup e a derrota em Braga (a primeira da temporada). E depois em abril, com três derrotas consecutivas e quatro partidas sem ganhar. Os desaires com o FC Porto e Chaves relançaram a luta pelo título para as rondas finais, ao passo que o que sucedeu ante o Inter Milão foi a sentença para o adeus à Champions.
Roger Schmidt. Treinador campeão é normalmente um dos grandes obreiros da conquista. O alemão não foge à regra. Chegou como uma lufada de ar fresco e rapidamente puxou os benfiquistas para o seu lado. O futebol apresentado na primeira metade da temporada chegou a encantar e falou-se mesmo no chamado 'Rogerball', tal era a qualidade do futebol apresentado. Após a paragem do Mundial o gás pareceu ter terminado e os resultados e exibições deixaram de ser tão brilhantes. Mesmo assim, isso não foi suficiente para impedir a conquista do desejado 38.
Seixal. Tal como nos últimos anos, a academia dos encarnados voltou a ser importante na construção da equipa da temporada. Nesse particular houve dois nomes que se destacaram e que merecem uma menção especial e que já aqui foram abordados: António Silva, João Neves. Houve também dois outros miúdos lançados, o italiano Cher Ndour e o guarda-redes Samuel Soares.
Taças. A temporada começou a todo o gás e o primeiro momento de quebra surgiu depois do Mundial. O adeus inesperado à Taça da Liga, logo na fase de grupos, foi o primeiro sinal. Depois, já em fevereiro, veio a eliminação na Taça de Portugal aos pés do Sp. Braga. Foram dois objetivos falhados, que deixaram Schmidt entregue à obrigação de ganhar o título para impedir um fracasso esta temporada.
União. Dificilmente uma equipa conseguirá ser campeã sem ter um bom núcleo duro. O Benfica não fugiu à regra. Ao longo da temporada, de agosto até ao mês de maio, raros foram os momentos de desunião - pelo menos públicos - e isso acabou por ser determinante para que a equipa estivesse quase sempre na mó de cima. Essa união também se alargou para as bancadas, com uma comunhão entre adeptos e jogadores que se sentiu fortemente praticamente desde o primeiro momento.
Vlachodimos. Não é nem nunca foi um nome consensual entre os adeptos do Benfica. Mesmo que por cá atue desde 2018 e que esta temporada tenha disputado todos os jogos da Liga Bwin. Eficiente entre os postes, mas também um pouco guarda-redes de fotografia, o grego continua a ter nas ações fora da baliza o seu ponto débil. Aos 29 anos, começa a ficar tarde para melhorar e na Luz continua a falar-se na chegada de um eventual reforço para a baliza.
x38. O número de títulos de campeão nacional que o Benfica passa a deter. Há muito que os adeptos pediam o 38 e aí está ele. Depois de três anos de jejum, a ver os rivais celebrarem, os benfiquistas voltaram a ter oportunidade de invadir o Marquês e o clube da Luz reforçou a sua liderança na lista de equipas mais vitoriosas no campeonato, agora com mais 8 títulos do que o FC Porto.
Zeros. 21 jogos sem sofrer golos no campeonato. Todos com Vlachodimos na baliza. Registos que fazem das águias a melhor defesa o campeonato, com 20 golos sofridos em 34 jornadas. É habitual dizer-se que a melhor defesa é o ataque ou que p ataque ganha jogos, a defesa ganha campeonatos. Os números dos encarnados assim o confirmam.
Com esta conquista, o Benfica voltou a fugir ao FC Porto no que respeita à classificação dos clubes mais titulados em Portugal - no que respeita apenas ao futebol sénior e, acrescente-se, somente a primeira equipa. De resto, o emblema encarnado ocupou o topo da tabela durante muitos anos até ser ultrapassado pelos dragões em 2011. O Benfica voltaria à liderança em 2015, sendo 'apanhado' pelo rival em janeiro deste ano, quando o conjunto de Sérgio Conceição conquistou a Allianz Cup. Agora, os lisboetas surgem novamente isolados no primeiro lugar.