O monstro de Santa Comba Dão: Cabo Costa matou três adolescentes a sangue frio
Os pormenores macabros do crime que chocou o País.
No 'Investigação CM' desta sexta-feira, revelamos os detalhes macabros sobre os crimes praticados pelo homem que ficou conhecido como o serial killer de Santa Comba Dão.
Entre 2005 e 2006, o cabo Costa, ex-militar da GNR, matou três adolescentes com as próprias mãos e desfez-se depois dos corpos das vítimas.
Foi condenado à pena máxima e até hoje já cumpriu metade da pena. O 'Investigação CM' mostra-lhe como tudo aconteceu.
Cabecinha de Rei, freguesia de Santa Comba Dão, distrito de Viseu, nunca tinha visto algo assim. Em maio de 2005 aparece o primeiro corpo, o de Isabel Cristina Isidoro, de 17 anos. Tinha desaparecido sete dias antes da casa onde vivia, com os pais e os quatro irmãos.
O corpo foi encontrado por um pescador, perto da praia do Cabedelo, na Figueira da Foz. Estava ainda dentro do saco de serapilheira onde tinha sido colocado.
A autópsia ao cadáver revelou que Isabel Cristina ainda estava viva quando foi lançada à água pelo Cabo Costa, morreu afogada. O corpo não foi identificado e a jovem foi sepultada no cemitério da Figueira da Foz, na zona de desconhecidos.
Mas a história de Isabel Cristina foi mais do que isto. O cabo António Costa ia a passar de carro em Cabecinha de Rei quando se cruzou com a jovem vizinha. Parou o carro e ofereceu-lhe boleia.
No caminho perguntou quando é que Isabel lhe pagaria os 25 euros que lhe tinha emprestado no dia anterior e, segundo o próprio, Cristina terá oferecido sexo para pagar a dívida. Foi então que o assassino conduziu até um pinhal próximo onde os dois tiveram relações sexuais e, no final, a jovem ameaçou fazer queixa à GNR.
Costa não gostou da ameaça e estrangulou-a. Colocou o corpo no carro, conduziu até à casa de férias na Figueira da Foz onde foi buscar um saco de serapilheira, fio de nylon e uma viga de cimento com 14 kg. Embrulhou o corpo da vítima, pensando que esta estaria morta, e atirou-a ao mar.
Quando foi recuperado, o cadáver estava em mau estado. Ainda assim a PJ recolheu todos os indícios possíveis, preservou as roupas e conseguiu depois fazer correspondência das mesmas com fotografias antigas de Isabel.
Costa não se ficou por aqui. Depois da primeira morte, o homem organizado e meticuloso deu lugar a um menos disciplinado e rigoroso, menos dedica à casa e ao jardim. Seis meses depois precisava de voltar a tentar beijar outras jovens, de voltar a matar.
Mariana Gonçalves Lourenço foi a segunda vítima. Desaparece a 15 de outubro de 2005, outra vizinha do Cabo Costa. Tinha 18 anos, frequentava o primeiro ano de faculdade. O ex-militar estava no quintal de casa quando a viu. Fazia parte da lista de adolescentes que estava decidido a beijar e depois, a matar.
Abordou-a com a desculpa de que queria mostrar-lhe uma coisa. Ingénua, acompanhou o vizinho. Ali chegados o ex-cabo convidou-a a entrar num barracão e ali explicou-lhe a sua intenção… queria beijá-la. A jovem vizinha não gostou da proposta e empurrou-o com repulsa. Avisou que contaria o sucedido aos pais e à GNR. Sentindo-se rejeitado e com medo de ser descoberto, António voltou a matar.
Deixou o corpo e foi a casa buscar sacos de serapilheira e fio de nylon, tal como fez com a primeira vítima.
Desta vez conduziu até ao IP3, em direção a Coimbra, parou o carro junto à confluência da Ribeira de Mortágua com o Rio Mondego e lançou o corpo
A 1 de junho aparece parte do corpo de Mariana um mês depois a outra parte. O serial killer não ficou por ali.
Seis meses depois, uma nova vítima.
A eleita foi Joana Margarida Marques de Oliveira. Tinha 17 anos. Voltava da escola a oito de maio de 2006.
O caminho de 20 minutos a pé foi suficiente para a adolescente ser abordada pelo vizinho, que conhecia desde bebé.
Mais uma vez usou a estratégia do barracão, pediu à vizinha que o acompanhasse mas não conseguiu guardar os desejos até ao interior. Logo no trajeto pediu-lhe um beijo. A jovem recusou e ameaçou contar tudo aos pais. O final foi o mesmo de Isabel e Mariana.
Joana foi a que mais resistiu ao trágico fim. Atirou-lhe a mala da escola à cara, com força, lutaram e Joana arranhou-lhe os braços e o pescoço. Resistiu até à morte.
A 8 de maio de 2006, data do último homicídio, o lado secreto e obscuro do cabo Costa estava muito perto de ser descoberto.
Cerca de um mês e meio depois iniciaram-se três dias de buscas às casas e ao carro do homem. Na residência de Santa Comba Dão foram encontrados sacos compatíveis com aqueles recuperados dos cadáveres das três jovens e vestígios de sangue na bagageira do Fiat Punto branco usado nas mortes.
O homem, alegadamente bondoso, temente a Deus, passou a ser o principal suspeito dos homicídios horrendos.
Foi detido pela PJ a 24 de junho de 2006. Confessou os crimes aos inspetores. Em tribunal mudou a versão e apontou o dedo a um tio de mariana Lourenço.
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