Paulo Raimundo defendeu que Portugal não está condenado "ao empobrecimento, à guerra ou à perda de soberania".
O secretário-geral do PCP apelou este domingo à unidade dos trabalhadores para derrotar "nas empresas, nos locais de trabalho e na rua" as alterações à legislação laboral propostas pelo Governo, qualificando-as como uma "declaração de guerra".
No discurso no tradicional comício na Festa do Avante, na Quinta da Atalaia, Seixal, Paulo Raimundo defendeu que é "tanta a submissão" do Governo PSD/CDS aos "interesses do grande patronato, que só se poderia esperar o pior para quem trabalha".
"E o pior aí está, num pacote laboral contra os trabalhadores", afirmou, considerando que, das alterações à legislação laboral defendidas pelo Governo, "só sai mais exploração, ainda mais compressão dos salários, ainda mais precariedade, ainda mais horas e mais tempo de trabalho, ainda mais facilidade em despedir".
"Não podemos, não vamos, e os trabalhadores não vão aceitar mais um recuo nas suas vidas. Estamos perante uma declaração de guerra aos trabalhadores, desde logo aos jovens e às mulheres, e, perante uma declaração de guerra, só há uma resposta possível: lutar, lutar, lutar contra o pacote laboral", apelou, recebendo um aplauso da plateia e cânticos de "a luta continua".
O secretário-geral do PCP frisou que, "perante apelos e ações sistemáticos que visam não só a divisão, mas também o conflito entre trabalhadores", acusação que o partido habitualmente faz ao Chega , quem trabalha "só pode responder de uma forma: unidade".
"O Governo pode acordar o que quiser, com quem quiser e onde quiser, mas o seu pacote terá dos trabalhadores a resposta que se exige e pode ser derrotado nas empresas, nos locais de trabalho e na rua", sustentou, apelando à participação na manifestação convocada pela CGTP para o dia 20 de setembro, em Lisboa e no Porto, contra o pacote laboral.
Neste discurso, Paulo Raimundo defendeu que Portugal não está condenado "ao empobrecimento, à guerra ou à perda de soberania", deixando apelos ao voto na candidatura de António Filipe nas eleições presidenciais.
"Apoiar António Filipe é combater o retrocesso e é abrir caminho para a vida melhor, tal como está inscrita na Constituição, essa Constituição que é preciso cumprir e que seja realidade todos os dias, na vida de todos e de cada um", disse.
Depois, o secretário-geral do PCP abordou as eleições autárquicas de 12 de outubro, frisando que o partido, no âmbito da CDU, vai candidatar-se a todos os municípios do continente e da Madeira e "à larga maioria" dos Açores, e salientando que a coligação será integrada, além de PCP e PEV, por milhares de independentes.
"As listas da CDU integram mais de 12 mil candidatos sem filiação partidária, independentes, que estão nas listas, que aqui não são figurinos. São protagonistas, são construtores deste que é o seu projeto", referiu, pedindo aos eleitores que, "independentemente das suas opções de voto passadas, deem força à CDU".
Perante milhares de simpatizantes e militantes do PCP, Paulo Raimundo reconheceu que "os próximos meses vão ser muito exigentes" e pediu que todos trabalhem para, "conversa a conversa, contacto a contacto", garantir que se "confirmam as maiorias" autárquicas da CDU - a coligação detém atualmente 19 câmaras - e se disputem "novas maiorias".
"Vamos fazer tudo para que tenhamos ainda mais eleitos ao serviço do povo e só ao serviço do povo, que é assim que são os eleitos da CDU", frisou, garantindo que o partido "não hesitará" na proposta e continuará a estar presente "na empresa, na escola, na rua, em cada uma das lutas".
"A situação, caros camaradas, é exigente e até podemos dizer que, de facto, a curva é apertada. Mas aqui está o PCP", vincou.
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