page view

Raimundo acusa PS de parecer disponível para dar "as duas mãos" ao Governo

Paulo Raimundo acusou o PS de "estar às cotoveladas com o Chega para ver quem é o mais cúmplice do Governo".

07 de setembro de 2025 às 19:17

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, acusou este domingo o PS de "parecer disponível para dar as duas mãos ao Governo", advertindo que a "política de direita não se combate dando-lhe a mão, mas sim travando-lhe o passo".

No discurso no tradicional comício da Festa do Avante, na Quinta da Atalaia, Seixal, Paulo Raimundo acusou o PS de "estar às cotoveladas com o Chega para ver quem é o mais cúmplice do Governo, para ver quem é o par favorito de um Orçamento do Estado" que, disse, servirá para "acelerar o desmantelamento do SNS, o ataque aos serviços públicos, para as privatizações" e para "manter um país assente nos baixos salários e pensões baixas".

"Perante isto, ninguém pode dizer que vai ao engano. A política de direita não se combate dando-lhe a mão, mas sim travando-lhe o passo. E o PS, como sempre, parece disponível para dar, não uma, mas as duas mãos ao Governo e à sua política", acusou, recebendo um aplauso da plateia.

Paulo Raimundo defendeu que é "tanta a submissão" do Governo PSD/CDS aos "interesses do grande patronato, que só se poderia esperar o pior para quem trabalha".

"E o pior aí está, num pacote laboral contra os trabalhadores", afirmou, considerando que, das alterações à legislação laboral defendidas pelo Governo, "só sai mais exploração, ainda mais compressão dos salários, ainda mais precariedade, ainda mais horas e mais tempo de trabalho, ainda mais facilidade em despedir".

"Não podemos, não vamos, e os trabalhadores não vão aceitar mais um recuo nas suas vidas. Estamos perante uma declaração de guerra aos trabalhadores, desde logo aos jovens e às mulheres, e, perante uma declaração de guerra, só há uma resposta possível: lutar, lutar, lutar contra o pacote laboral", apelou, recebendo um aplauso da plateia e cânticos de "a luta continua".

O secretário-geral do PCP frisou que, "perante apelos e ações sistemáticos que visam não só a divisão, mas também o conflito entre trabalhadores" -- acusação que o partido habitualmente faz ao Chega --, quem trabalha "só pode responder de uma forma: unidade".

"O Governo pode acordar o que quiser, com quem quiser e onde quiser, mas o seu pacote terá dos trabalhadores a resposta que se exige e pode ser derrotado nas empresas, nos locais de trabalho e na rua", sustentou.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8