Joaquim de Almeida: "Quero mais papéis destes"
Ator português estreou novo filme.
Correio da Manhã – Em ‘Profissionais da Crise’, é candidato à presidência da Bolívia. O que podemos esperar desta personagem?
Joaquim de Almeida – É um candidato que está muito mal nas sondagens e que decide ir buscar um grupo de conselheiros políticos americanos. É uma história baseada num documentário sobre a candidatura de Gonzalo Lozada. É uma comédia e, ao mesmo tempo, uma crítica à forma como os americanos acham que vendem política no mundo inteiro.
– Mas quando ganha as eleições não cumpre as promessas...
– Isso também é normal, também acontece aqui. O que se está a passar em Portugal é triste. Apoiei pessoas do PS, mas estou irritado porque António Costa perdeu as eleições e deveria ser um bom perdedor. Aliás, acho que este filme funciona melhor na Europa, porque os americanos detestam ser criticados.
– Como foi trabalhar com este elenco?
– Não tenho cenas com o Billy Bob [Thornton], mas vimos muitas vezes futebol juntos e é uma pessoa simpatiquíssima. Com a Sandra [Bullock], divertimo-nos, demo-nos bem a trabalhar e gostava de repetir a experiência. É uma grande atriz, muito simpática e muito gira.
– Está cansado de fazer sempre papéis de latino?
– Não posso fazer papéis de americano, por causa do sotaque. Mesmo o inglês tem de ser trabalhado, mas eles gostam de me ouvir. Quero é mais papéis destes – não sou o bonzinho, mas também não sou o mau.
– Que outros projetos tem?
– Haverá um novo filme com o David Gordon Green, e estou a filmar uma série, ‘Queen of the South’, que se passa no Texas. Sou candidato a governador, mas tenho um passado no mundo da droga e sou, outra vez, o mau da história. É uma série muito virada para os latinos, que cada vez são uma fatia maior da população dos EUA.
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