Uma despedida a Octávio de Matos cheia de aplausos e emoção

Nenhum político esteve esta quarta-feira presente no funeral do ator Octávio de Matos, que morreu no domingo aos 79 anos. Mas os amigos do comediante preferem sublinhar o lado positivo das cerimónias.

"Não vamos recordar o Octávio com tristeza e amargura. Porque ele não gostaria que o fizéssemos", disse ao CM Luís Aleluia.

"Era um homem muito divertido e bem humorado. Até em cena... as coisas corriam sempre bem porque ele tinha uma energia positiva que partilhava com os colegas", acrescentou o ator.

Entre os artistas, Vítor Norte fez questão de homenagear o ator com quem partilhou o palco. "O Octávio será, talvez, da geração dele, o último dos grandes atores do Teatro de Revista... Falo da geração do José Viana, da Ivone Silva, do Camilo de Oliveira. O Octávio é o último. E deixa muitas saudades."

Após a missa de corpo presente, na Basílica da Estrela, em Lisboa, o caixão seguiu – com muitos aplausos – para o cemitério do Alto de São João, onde o corpo do ator foi cremado.

A viúva, Isabel Damatta, esteve sempre rodeada de amigos.

O autor e encenador Tiago Torres da Silva era um dos mais inconsoláveis. "O Octávio era a alegria em pessoa, um coração de ouro. Era visto como cómico, mas falámos muitas vezes em fazer um espetáculo de outro tipo. Já não vamos a tempo..."