A luta contra a depressão de Bruce Springsteen

Novo filme conta como 'The Boss' se isolou para criar o álbum de culto 'Nebraska', numa altura de angústia.

23 de outubro de 2025 às 01:30
Cena do filme 'Springsteen: Deliver Me From Nowhere' Foto: Direitos reservados
Bruce Springsteen Foto: Scott A Garfitt/Invision

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Habituado a vê-lo em palco como ‘The Boss’, numa carreira já com cerca de meio século e mais de 120 milhões de álbuns vendidos, o grande público desconhecia que Bruce Springsteen luta contra a depressão até à publicação da autobiografia ‘Born to Run’ (2016), em que o artista norte-americano assumiu que o estado depressivo “se derrama como petróleo no belo golfo verde turquesa” da sua existência. O tema volta à tona no filme ‘Springsteen: Deliver Me From Nowhere’, de Scott Cooper, já nos cinemas.

Em vez de um olhar completo para a carreira de glória, a obra centra-se num momento obscuro mas decisivo: em 1982, Springsteen lança o álbum ‘Nebraska’, um dos mais dolorosos, gravado em casa num gravador de quatro pistas. Só ele, a guitarra e um ou outro instrumento, num momento de clausura, já reflexo da angústia que o dominava. Contra a vontade da editora, lançou mesmo o disco, hoje de culto, sem singles, entrevistas de imprensa ou digressão.

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O ator Jeremy Allen White (o chef Carmy da série ‘The Bear’) canta, toca guitarra e evita copiar todos os trejeitos de ‘The Boss’, num papel exigente, que Springsteen já aplaudiu. Ao seu lado está (um soberbo) Jeremy Strong, no papel do agente e amigo Jon Landau que o salva do abismo, e Stephen Graham, como o pai agressor e alcoólico, que lhe causou traumas de infância que ainda hoje o perseguem.

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