Associações travam obra de Souto Moura

Providência cautelar parou a construção de um prédio na praça das Flores, em Lisboa.

19 de março de 2017 às 09:34
Moradores contestam demolição do edifício na praça das Flores Foto: Mariline Alves
Projeto de Souto Moura para o local Foto: Direitos Reservados
Eduardo Souto de Moura, Santa Casa da Misericórdia, Lisboa, auditório, projeto, artes, cultura e entretenimento, cultura (geral) Foto: Miguel A. Lopes/Lusa
Eduardo Souto de Moura Foto: António Cotrim/Lusa

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O projeto do arquiteto Souto Moura para um edifício de habitação na praça das Flores, em Lisboa, está parado desde a passada terça-feira devido a uma providência cautelar interposta por três associações.

Em causa está a demolição de um prédio histórico, que terá sido construído no início do século XIX, nesta zona da capital.

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Segundo a Associação Portuguesa das Casas Antigas, a Associação Portuguesa para a Reabilitação Urbana e Proteção do Ambiente e o Grémio do Património, o projeto de Souto Moura vai destruir a identidade histórica do local.

De acordo com a providência cautelar, o novo edifício, aprovado pela autarquia e aceite pela Direção-Geral do Património Cultural, terá "cinco pisos, com vidro a toda a largura da fachada, assente numa estrutura de betão armado revestida com perfis de ferro, lâminas de alumínio para ensombramento e telas de rosto".

Vítor Cóias, responsável pelo Grémio do Património, considera que "todo este processo foi feito à revelia das pessoas".

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Agora, e com a demolição já efetuada, o que as associações pretendem é "garantir que o edifício que for construído se inscreve na estética do conjunto, co- mo os outros à volta da praça das Flores, que é uma zona emblemática da cidade".

Contactada, a Câmara de Lisboa adiantou que "está a analisar a providência cautelar e, ao mesmo tempo, a preparar uma resposta para apresentar em tribunal".

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