Campo Pequeno sai da falência
Tribunal da Relação anula decisão de declarar sociedade que gere casa de espectáculos de Lisboa insolvente, após ação de empresa do grupo BES.
A sociedade gestora do Campo Pequeno – formada pelas famílias Borges e Goes Ferreira (com 45% cada) e o BCP (10%) - recuperou o estatuto de não insolvente, perdido em janeiro último, e vai reassumir a gestão do espaço de espetáculos no centro de Lisboa, que desde então estava a cargo de uma administradora judicial. Ainda assim, "a sociedade não está solvente, apenas foi declarada não insolvente", explica fonte próxima deste processo.
A decisão do Tribunal da Relação de Lisboa, tomada a 24 de novembro, anula a primeira sentença, que deu provimento à ação interposta pela construtora Opway (do grupo Rioforte, sociedade do Grupo Espírito Santo, agora considerada insolvente) que reclamava uma dívida de 30 mil euros. Na sequência da decisão, a Sociedade Urbana de Reconstrução do Campo Pequeno (SRUCP) foi declarada insolvente por dívidas totais na ordem dos 90 milhões.
Contactados, os responsáveis da SRUCP não fizeram comentários. No entanto, o CM sabe que deverão reunir-se em breve em assembleia geral para reorganizar a sociedade, estabelecer um plano de pagamentos e formular uma estratégia para o futuro do Campo Pequeno.
A SRUCP foi constituída para a recuperação do espaço, inaugurado em 2006. Agora, o objetivo é que "o Campo Pequeno continue a funcionar como sempre, com espetáculos tauromáquicos e outros, beneficiando a Casa Pia e a cidade de Lisboa", dizem fontes ligadas à sociedade.
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