Delfins recordam 'Ser Maior'

Banda portuguesa reeditada disco emblemático.

10 de outubro de 2015 às 17:33
Delfins Foto: DR
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Corria o ano de 1993, estava o rock de Seattle (grunge) em pleno período de contágio por Portugal e pelo Mundo, quando os Delfins optaram por seguir corajosamente por caminhos nunca antes navegados ao gravarem um disco conceptual, recuando às memórias dos anos 70 quando o rock sinfónico e progressivo oferecera grandes obras ao Mundo.

O grupo acabava de concretizar o velho sonho de qualquer banda de ter um estúdio próprio e o novo disco estreava então os estúdios 1 Só Céu. A obra, Ser Maior, era grande em ambição e tamanho, apresentando-se em formato duplo, como de resto já o havia sido, por exemplo, The Lamb Lies Down On Broadway, dos Genesis.

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O disco, esgotado nas lojas desde meados dos anos 90 e inacessível nas plataformas digitais, é reeditado agora 22 anos depois, em versão remasterizada, incluindo ainda o DVD com o histórico concerto no Estádio de Alvalade, em Lisboa. "Na altura foi uma loucura fazer um disco como este, mas ele também resultou muito do entusiasmo de termos um estúdio novo", recorda Miguel Ângelo. "Uma das memórias mais vivas que tenho é precisamente a de um estúdio em construção ao qual todos os dias chegavam máquinas novas. Cheguei a ir a Londres buscar equipamento que ainda não existia cá e isso tudo também nos permitiu fazer um disco muito experimental."

Comprovou o tempo e a história que Ser Maior se tornou num disco de culto, culto esse que pode agora conhecer nova fase. "Uma das nossas preocupações na remasterização foi tornar o áudio mais atual, mas independentemente disso sei que há uma geração que se voltou a ligar ao rock sinfónico e progressivo e que pode ter uma bela surpresa."

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