Diogo Infante assume programa arriscado do Teatro da Trindade em Lisboa
Diretor artístico quer espetáculos que “provoquem” o espectador.
Em 2023, mais de 90 mil pessoas foram ao Teatro da Trindade, em Lisboa. Em 2024, as contas não estão feitas (ainda nem a meio do ano chegámos), mas tudo se encaminha no mesmo sentido. O diretor artístico do espaço, Diogo Infante, apresentou esta terça-feira a programação para a temporada 2024/25 e revelou ao CM que não pretende "ficar refém dos números, para não cair em facilitismos e começar a fazer só comédias". Assim, o que aí vem "corre alguns riscos", embora a reposição do êxito ‘Sonho de uma Noite de Verão’ - que já foi aplaudido por mais de 40 mil pessoas - "dê algumas garantias".
"Esta não é uma programação facilitista, que procure o sucesso fácil. Reflete, antes, a preocupação com os tempos que vivemos, a necessidade de utilizar a arte, os textos e os atores como mecanismos de provocação, de reflexão, de debate", justificou.
A rentrée do Trindade acontece a 12 de setembro, com uma peça de David Hare que o próprio Diogo Infante vai protagonizar, sob a batuta de Marco Medeiros, e no final do ano chegará outra grande aposta do ano: ‘A Médica’, com Custódia Gallego. Um texto de Robert Icke (a partir de Schnitzler) dirigido por Ricardo Neves-Neves.
OUTRAS PEÇAS ‘Sombras’
‘Um país que é a noite’
Em fevereiro, o diálogo imaginado entre Sophia de Mello Breyner e Jorge de Sena dá o mote para este trabalho dirigido por Martim Pedroso.
‘Eutanasiador’
Sérgio Praia interpreta uma peça de Paula Guimarães que promete dividir opiniões e estimular o debate. Chega no início de maio.
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