Festival Sudoeste já aponta baterias para 2026

Evento que se realizava desde 1997 na Zambujeira do Mar vai ter o seu primeiro interregno este ano.

16 de fevereiro de 2025 às 01:30
Festival Sudoeste já aponta baterias para 2026 Foto: Tiago Canhoto/Lusa
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 “O Festival Sudoeste é como um filho. É uma dor não poder realizá-lo em 2025”. O desabafo é de Luís Montez, da promotora Mú- sica no Coração, que desde 1997 organizava o evento na Zambujeira do Mar. Este ano, o festival perdeu o seu promotor dos últimos 21 anos, a MEO, subsidiária da Altice Portugal, o que o atirou para fora da agenda dos grandes eventos musicais de 2025.

“Fomos informados no ano passado pela Altice que não iria renovar o contrato de três anos. Face às incertezas que envolviam a venda da empresa, não havia interesse em assumir compromissos para o futuro”, revela ainda ao CM Luís Montez que, em tempo útil, não encontrou novo patrocionador. “Para além disso, em ano de eleições autárquicas, há concertos de norte a sul do País e é impossível concorrer com espetáculos gratuitos”. Com uma pausa “forçada” este ano, o Sudoeste vai agora repensar o seu futuro, até porque segundo diz Luís Montez, “o público do Sudoeste mudou os seus gostos e se calhar já nem está muito interessado em acampar”.

“Acho que de certa forma voltou a moda dos concertos de estádio. Já no ano passado tínhamos sentido uma quebra de cerca de 30%”, refere o responsável, recusando, no entanto, atirar a toalha ao chão. “Nós pusemos a Zambujeira no mapa e não vamos desistir. A marca do Festival Sudoeste é minha e já estou a trabalhar para 2026”.

Entretanto, Hélder Guerreiro, autarca de Odemira, já disse que espera que seja possível “encontrar soluções”, uma vez que o evento musical de verão tem “um forte impacto” na economia da Zambujeira do Mar.

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