Fundação Ricardo Espírito Santo Silva não paga salários
Funcionários queixam-se de não terem dinheiro para pagar as contas da casa nem para a comida.
Os 131 professores e funcionários da Fundação Ricardo Espírito Santo Silva (FRESS) não receberam os salários de julho e agosto nem o subsídio de férias, numa situação que se vem a repetir desde o início do ano e que está a deixar alguns trabalhadores numa situação insustentável.
"Há pessoas que não têm dinheiro para pagar as contas da casa e a comida. Não sabemos o que pensar, o porquê de tantos em tantos meses ficarmos sem receber, depois pagam e depois voltamos a ficar sem receber", diz ao CM um dos professores da fundação, cujos problemas começaram em 2014 com o colapso do BES, principal mecenas da instituição.
Os trabalhadores acharam que os problemas financeiros tinham acabado em maio último, quando a FRESS assinou um protocolo com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), mas voltam agora a viver o pesadelo dos salários em atraso, com junho a ser pago no final de julho e com mais três meses em falta.
Fonte ligada ao Conselho de Administração da Fundação, agora presidido pelo vice-provedor da SCML, Edmundo Martinho, garantiu ao CM que a situação será regularizada hoje, com todos os funcionários a receber o que lhes é devido.
Sem explicar as razões exatas para o atraso, a mesma fonte adiantou que se trata de um processo moroso, já que foi necessário avaliar toda a situação da FRESS, que ainda terá de passar por uma reestruturação das suas atividades.
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