Greve volta a fechar museus na Páscoa
Protesto marcado para esta sexta-feira e sábado. Sindicatos querem melhoria de condições.
Mais uma vez, quem queira visitar museus e monumentos na Páscoa corre o risco de ficar à porta. É que a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) convocou para hoje e amanhã uma greve para "exigir respeito pelos direitos". Os sindicatos criticam a "falta de reflexo das receitas do turismo nas necessidades" dos trabalhadores e apontam o dedo ao Governo por não dar respostas.
Contactado pelo CM, o ministro da Cultura, Castro Mendes, recusou comentar.
Os motivos da greve prendem-se com a "falta crónica de pessoal e do recurso a precários para satisfazer as necessidades permanentes de trabalhadores, o direito ao gozo do feriado da semana Santa, ou a integração dos trabalhadores precários", entre outros. "Se há aumento de visitantes e receitas, também há condições para melhorar a situação dos trabalhadores", diz Artur Sequeira, da FNSTFPS.
Em 2017 a greve levou ao fecho de vários espaços. Este ano, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) diz que "tudo dependerá do nível de adesão". "Tal como em anos anteriores, os diretores vão avaliar se têm pessoal suficiente para abrir e tomar uma decisão", revela fonte da DGPC.
Dez espaços fechados
A Casa Museu Anastácio Gonçalves, os museus do Teatro e da Dança, de Arqueologia e de Etnografia, o Museu dos Coches (em Lisboa), os museus Grão Vasco (em Viseu) e Soares dos Reis (no Porto), o Monográfico de Conímbriga, o Mosteiro de Alcobaça e a Torre de Belém encerraram em 2017 na Páscoa.
Outras paralisações
A Noite Europeia dos Museus, que habitualmente se celebra em maio, também tem sido aproveitada pelos profissionais na área para fazerem greve. Trabalhadores precários já recusaram fazer horas extra.
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