João Moura Júnior em destaque

O Campo Pequeno abriu portas aos toiros na noite de quinta-feira passada, 9 de abril, com um cartel de luxo que prometia e, por isso, atraiu muito público que encheu a bonita e agradável praça lisboeta, em dia de inauguração da sua renovada Capela. Infelizmente, faltaram toiros com mais qualidade para que o espectáculo correspondesse à expectativa, já que a consagrada divisa de Pinto Barreiros com um curro bem apresentado mas desencastado, escasso de força, alguns dos toiros a atirar para a mansidão, impediu o êxito completo de cavaleiros e de forcados. Assistiu-se, apesar disso, a duas lides positivas com preparações?,? ferros e remates de classe, de João Moura Júnior e de Rui Fernandes. Em especial Moura, na lide do toiro que encerrou a corrida, cravando três ferros de antologia, levando o público a grandes ovações. Diego Ventura, em noite infeliz, tirou das tábuas o manso solene e cravou dois ferros de enorme categoria após boas preparações que fez levantar o público das bancadas. Rui Fernandes dentro do seu estilo procurou sacar de cada toiro o que tinha para dar, cabendo-lhe em sorte o pior lote. ?

Quanto aos forcados estiveram em praça os grupos de Lisboa, de Pedro Maria Gomes, e dos amadores de Alcochete, comandados por Vasco Pinto. Pelo primeiro foram caras Pedro Gil, Duarte Mira, numa boa pega, e Manuel Guerreiro, à segunda, depois de ter sido retirado da córnea pelos próprios ajudas, saindo lesionado numa perna. Por Alcochete pegaram à cernelha Vasco Pinto e Pedro Belmonte, depois do cabo ter tentado tudo para consumar uma pega de caras ao toiro que se "colara" às tábuas e se recusou sair daí, Ruben Duarte e Nuno Santana, a melhor pega da noite.

No fundo, uma corrida com vários momentos de classe, dirigida com complacência por Pedro Reinhardt, assessorado pelo veterinário Jorge Moreira da Silva e pelo cornetim Nuno Narciso, em substituição do habitual e consagrado José Henriques.