Liberdade para David Gilmour
Cantor e guitarrista dos Pink Floyd lança quinto disco de originais, ‘Rattle That Lock’, o primeiro do músico em quase dez anos.
Começa por sugerir um ambiente cinematográfico muito idêntico ao que está desenhado na capa: liberdade e fuga a céu aberto, ainda que os tempos que correm preconizem sempre tempestades. O novo disco de David Gilmour, ‘Rattle That Lock’, surge dez meses depois da edição do tão anunciado último disco dos Pink Floyd ‘The Endless River’, um registo parco em palavras, que serviu para fechar uma porta e quase que poderia ser visto como o prelúdio do novo trabalho a solo de Gilmour.
Há cinco anos que o músico andava de volta do novo trabalho (a única interrupção foi mesmo para gravar ‘The Endless River’), mas há elementos que têm quase vinte anos, que vêm da altura em que o filho de Gilmour, Gabriel, ainda brincava pelo chão da casa. ‘Rattle That Lock’ tem Pink Floyd, claro, mas também tem um músico a solo a viver muito provavelmente o período mas esclarecido e livre da sua carreira. O disco marca um novo capítulo na colaboração de Gilmour com Polly Samson (que começou a escrever para os Pink Floyd em 1994) e oferece dez novos temas escolhidos de entre 35 gravações. Soa a liberdade artística, criatividade e talvez coragem. Tudo aos 69 anos.
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